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      Lava Jato destruiu infraestrutura no país, afirma presidente da Triunfo

      O empresário e presidente da Triunfo - uma das principais empresas de infraestrutura do país - Carlo Bottarelli afirma que a operação Lava Jato destruiu a engenharia do país e comprometeu de maneira severa a infraestrutura brasileira, provocando um 'hiato' que pode se arrastar pelos anos subsequentes; ele diz: "nós fomos afetados indiretamente, tivemos [operações de] busca e apreensão, mas nenhuma sentença (...) Fizemos investigação interna, criamos política interna, analisamos contratações. O tempo vai dizer. Precisava mexer. Precisava destruir? Não sei"

      Lava Jato destruiu infraestrutura no país, afirma presidente da Triunfo
      Gustavo Conde avatar
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      247 - O empresário e presidente da Triunfo - uma das principais empresas de infraestrutura do país - Carlo Bottarelli afirma que a operação Lava Jato destruiu a engenharia do país e comprometeu de maneira severa a infraestrutura brasileira, provocando um 'hiato' que pode se arrastar pelos anos subsequentes. Ele diz: "nós fomos afetados indiretamente, tivemos [operações de] busca e apreensão, mas nenhuma sentença (...) Fizemos investigação interna, criamos política interna, analisamos contratações. O tempo vai dizer. Precisava mexer. Precisava destruir? Não sei".

      Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Bottarelli aponta caminhos e denuncia retrocessos em curso, em função de uma operação mal organizada e desconectada da realidade logística brasileira: 

      Sobre o contrato da Triunfo com o Porto de Santos, o empresário diz: "o contrato de concessão por sua natureza é imperfeito. Um contrato de 25 anos de duração tem que estar suficientemente adequado a receber flexibilidade. Existe uma rigidez, que nasce da lei de licitações, que limita a expansão de contratos de obras. No entanto, alguns órgãos de controle e o judiciário expandiram essa rigidez para as concessões. Criou-se um engessamento".

      Bottarelli comenta ainda como funciona um contrato de concessão: "uma das críticas é que há uma cultura excessiva de fazer aditivos nos contratos. Mas esse é o contrato imperfeito. Se o aditivo está correto e respeita o interesse público, qual o problema? Mas acha que houve abusos de empresas que contaram com esses aditivos na hora de dar lances mais competitivos no leilão, pensando: eu ganho, depois renegocio? Não acho. Ninguém faz isso. Ninguém joga no risco. Porque tem o risco de não renegociar, que é muito alto, e aí você amarga 25 anos de contrato. Isso é uma cultura de obra.

      (...)

      O que precisa ser feito para melhorar? Precisa fortalecer as agências, delimitar a atuação dos órgãos de controle. Tem que criar algum mecanismo de controle para o erro imperfeito, o cara tem direito de errar sim, desde que não tenha dolo. É um campo muito complexo de falar hoje em dia porque hoje a temática é de caça às bruxas e busca de culpados. Mas a pessoa tem direito de errar, o erro existe, é da natureza humana".

       

       

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