Levy enfrenta hoje os leões do Congresso
Ministro da Fazenda tentará negociar, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, um acordo sobre a correção das dívidas de estados e municípios para com a União; "O ministro joga uma importante partida para a preservação do ajuste fiscal. Depois, terá que enfrentar negociações por mudanças nas medidas que restringem o acesso à pensão por morte e ao seguro desemprego", comenta a colunista do 247 Tereza Cruvinel; leia a íntegra
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Por Tereza Cruvinel, do 247
Fracassadas as apostas em uma crise entre a presidente Dilma e o ministro Joaquim Levy, por conta de uma frase que pode soar como crítica mas também como defesa dela e do governo, o ministro enfrenta hoje os leões do Congresso, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, onde tentará negociar um acordo sobre a correção das dívidas de estados e municípios para com a União.
Levy proporá que os entes federativos continuem pagando suas dívidas pelo indicador atual, o IGPI (mais juros de 6 a 9%) sob o compromisso de que, no ano que vem, quando o ajuste fiscal já tiver ultrapassado seu momento mais agudo, ao longo deste ano, a União os ressarcirá pela diferença em relação ao novo indicador fixado na lei já aprovada mas não ainda regulamentada, que prevê correção pelo IPCA (mais juros de 4%).
Se a fórmula, que vem sendo negociada individualmente com o prefeito do Rio, Eduardo Paes, for aceita pelos partidos, e principalmente pelo PMDB, que lidera o movimento pela imediata aplicação das mudanças, o projeto neste sentido já aprovado pela Câmara poderá ser retirado de pauta ou ser modificado, incorporando o acordo.
O ministro joga, pois, uma importante partida para a preservação do ajuste fiscal. Depois, terá que enfrentar negociações por mudanças nas medidas que restringem o acesso à pensão por morte e ao seguro desemprego. Não se descarta, na CAE, uma negociação que já inclua mudanças nestas MPs, em troca do adiamento da correção das dívidas.
Mais um avanço do "parlamentarismo" branco
Em reunião que tiveram ontem com o ministro Levy, os senadores peemedebistas Renan Calheiros e Romero Jucá apresentaram mais uma proposta do PMDB que avança sobre prerrogativas presidenciais: a aprovação, pelo Congresso, do nome proposto pelos presidentes para o comando do Banco Central, e a fixação de mandato de cinco anos para o titular, de modo que cada presidente governará no primeiro ano com um presidente do BC escolhido pelo antecessor.
Dilma, na campanha, foi contra a proposta neste sentido, quando defendida pelo senador tucano Aécio Neves, candidato do PSDB.
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