Levy: governo anunciará cortes na segunda-feira
Ministro da Fazenda disse que o governo se prepara para anunciar um corte que alcançará todos os recursos disponíveis para gastos até o final deste exercício; contingenciamento visa evitar que o governo cometa infrações no fechamento das contas de 2015 pelo fato de o Congresso não ter votado a mudança da meta fiscal; Joaquim Levy disse, ainda, que será necessário "focar todas as energias" na aprovação da meta fiscal para 2016 até dezembro, de maneira que a economia possa retomar o crescimento; "Não tenho problemas em pedir apoio. Na hora H, em inúmeras vezes, o Congresso não faltou", disse
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247 - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que o governo se prepara para anunciar, na próxima segunda-feira (30) um corte que alcançará todos os recursos disponíveis para gastos até o final deste exercício. Objetivo é evitar que o governo cometa infrações no fechamento das contas de 2015 pelo fato do Congresso não ter votado a mudança da meta fiscal, que prevê um superávit primário de 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB). O contingenciamento previsto é de 107,1 bilhões, mas o governo possui à sua disposição somente R$ 10,7 bilhões.
Em entrevista ao Estadão, Levy disse que será necessário "focar todas as energias" na aprovação da meta fiscal para 2016 até dezembro, de maneira que a economia possa retomar o crescimento. "Não tenho problemas em pedir apoio. Na hora H, em inúmeras vezes, o Congresso não faltou", disse. "Temos de fazer a economia rodar no ano que vem", completou.
O ministro também disse estar 100% alinhado com a defesa feita pelo ex-presidente Lula e por diversos membros do PT em relação a ampliação da oferta de crédito e que está aberto para conversar sobre o assunto. Ele disse estar “preocupado” com a postergação por parte do Congresso Nacional em aprovar medidas que promovam a retomada do crescimento. “Vejo com preocupação a postergação de ações indispensáveis para a política econômica, senão teremos mais um ano difícil à frente. Meu compromisso é com a retomada do crescimento, com a política econômica. O folhetim não me interessa muito”, disse.
Levy também falou dos seus arrependimentos à frente do cargo. "Talvez ter dado mais ênfases às outras políticas de crescimento que estamos fazendo. Enquanto está fazendo sol, ninguém quer consertar o telhado. Começou a chover, então é melhor consertar agora, porque se depois vier um toró, aí molha tudo e ninguém dorme mais”, frisou.
Confira aqui a íntegra da entrevista.
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