Lira diz querer pautar votação da reforma tributária ainda no 1º semestre, mas que não se responsabiliza pela aprovação do texto

247 - O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que  planeja pautar a votação da reforma tributária ao plenário da Casa ainda no primeiro semestre, mas que não pode se comprometer com a aprovação da matéria. "O que eu quero é pautar. Não posso assumir um compromisso e a responsabilidade de aprovar”, ressaltou.

“Nós combinamos que ela [a reforma tributária] tem que ir ao plenário da Câmara ainda neste semestre, antes do recesso. Portanto, o governo precisa fazer, junto com seus líderes, com quem trabalha na articulação, um processo de arregimentação de uma base que se mostre cristalina", disse Lira durante uma entrevista à CNN Brasil nesta segunda-feira (5).

Ainda segundo Lira, o governo precisa concentrar esforços na reforma e que é fundamental construir uma base sólida e coesa para garantir a aprovação do projeto. "Porque medidas importantes para facilitação da angariação de votos do plenário dependem de medidas econômicas do Ministério da Fazenda, dependem de medidas políticas do governo, de articulação também do governo com entes federativos e também com o setor privado. O meu compromisso é fomentar o debate, ampliar o debate, dar as condições para que ele aconteça e colocar a matéria em pauta”, disse. 

"Está bem claro na cabeça do presidente [Luiz Inácio Lula da Silva (PT)] como na minha e dos deputados que a reforma tributária é absolutamente essencial para o país, para dar segurança jurídica, para atrair investimentos”, observou.

Questionado sobre a reunião que manteve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no início da manhã desta segunda-feira, o presidente da Câmara disse que o encontro foi “Institucional” e as conversas entre eles trataram de “problemas macro, de projetos importantes, de decisões que precisam ser tomadas para que o governo tenha tranquilidade necessária de ter uma base sólida, consolidada para votação, por exemplo, da reforma tributária”.