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Economia

Lula buscará tecnologia chinesa de semicondutores e investimento em viagem a Pequim

Os semicondutores serão prioridade na visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China na próxima semana

Semicondutores e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reuters | Ricardo Stuckert/PR)
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 BRASÍLIA, (Reuters) - O Brasil buscará tecnologia e investimentos chineses para desenvolver uma indústria de semicondutores no país sul-americano, apesar das tentativas dos Estados Unidos de desencorajar a associação com a China nessa área, disse um assessor presidencial sênior à Reuters.

 Os semicondutores serão prioridade na visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China na próxima semana.

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 Seu principal assessor de política externa, o ex-chanceler Celso Amorim, disse que o Brasil não pode se dar ao luxo de tomar partido nas crescentes tensões entre a China e os Estados Unidos. A viagem de Lula buscará a cooperação chinesa na promoção do desenvolvimento sustentável e da economia digital do Brasil.

>>> Não vemos motivo para Brasil recusar uma fábrica chinesa de semicondutores, diz Amorim

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 Os países se preparam para assinar acordos sobre o programa sino-brasileiro de pequenos satélites CBERS, iniciado em 1988, juntamente com acordos sobre a produção de equipamentos de comunicação e microeletrônica, disse Amorim em entrevista.

 O governo dos EUA sugeriu que associações com a produção de microeletrônica chinesa não seriam bem-vindas, o que poderia afetar os planos brasileiros de produzir semicondutores em meio à escassez global.

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 "Não presto atenção em mensagens. Se os EUA quiserem, podem propor condições maiores e melhores e pronto, e nós escolheremos as deles", disse Amorim.

 "Não temos preferência por uma fábrica chinesa de semicondutores. Mas se eles oferecem boas condições, não vejo por que recusar. Não temos medo do lobo mau", comentou, quando questionado sobre o desestímulo dos Estados Unidos a acordos de tecnologia com China.

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 A viagem de Lula à China ocorre menos de dois meses depois de ele se encontrar com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na Casa Branca, enquanto Brasília almeja uma política externa pragmática equilibrando os laços com seus principais parceiros comerciais, apesar das crescentes tensões entre os dois.

 Amorim disse que o Brasil não vê o mundo dividido entre a China e os Estados Unidos e não vai adotar uma ideologia de nenhum dos dois, seja "o comunismo internacional ou a guerra das democracias contra as autocracias".

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 O Brasil agradece o apoio dos EUA ao seu processo democrático, que foi ameaçado por apoiadores do antecessor de extrema-direita de Lula, Jair Bolsonaro, disse Amorim.

 Mas acrescentou: "Não posso condicionar onde vou comprar um chip, ou qualquer outra coisa, a esses valores. Na verdade, o chip não está impregnado desses valores, é livre de valor".

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 Lula deve visitar a fábrica da Huawei Technologies, gigante chinesa de telecomunicações que atua no Brasil há 20 anos.

 Fornecedora de grande parte da tecnologia móvel de quarta e quinta geração (4G e 5G) no Brasil, a Huawei teve a aprovação de suas novas tecnologias suspensa pelo governo dos Estados Unidos, que classificou a empresa como um risco para a segurança nacional.

 Sob pressão do governo Trump, Bolsonaro cogitou proibir o uso de equipamentos da Huawei na rede 5G do Brasil, mas desistiu devido ao lobby de operadoras de telefonia já investidas nos equipamentos chineses mais baratos.

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