Lula cobra ministros por investimentos: "dinheiro bom é dinheiro transformado em obras"
"Queremos que vocês sejam os melhores ministros, os melhores executores desse país, os melhores gastadores do dinheiro em obras de interesse do povo brasileiro", disse Lula
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247 - Em uma reunião ministerial realizada no Palácio do Planalto nesta sexta-feira (3), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou a importância de acelerar os investimentos, evitando o represamento de recursos destinados a projetos. O líder pediu aos ministros da área de infraestrutura que sejam os "melhores executores" e "gastadores do dinheiro em obras" do país.
"A gente não pode deixar sobrar dinheiro que está previsto ser investido nos ministérios. A gente precisa colocar, transformar. Eu sempre digo que para quem está na Fazenda dinheiro bom é dinheiro no tesouro. Para quem está na presidência, dinheiro bom é dinheiro transformado em obras", afirmou Lula durante a reunião, de acordo com o jornal O Globo.
“Se os ministérios forem bem, o Brasil vai bem, o governo vai bem, eu e o Alckmin vamos bem. Se vocês não fizerem direito o Brasil vai mal, eu e Alckmin vamos mal. Então queremos que vocês sejam os melhores ministros desse país, os melhores executores desse país, os melhores gastadores do dinheiro em obras de interesse do povo brasileiro. É para isso que estamos fazendo essa reunião”, ressaltou Lula em outro ponto do encontro. >>> "Lula não pretende prejudicar o investimento para atingir a meta de déficit zero", diz Wellington Dias
A fala do presidente acontece em meio a discussões sobre a mudança da meta fiscal de déficit zero, A equipe econômica acredita que a posição de Lula sobre a meta fiscal reflete a influência da Casa Civil, responsável pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que teme o represamento de recursos para que a meta fiscal seja alcançada.
Ainda conforme a reportagem, “o governo está com R$ 27,4 bilhões represados nos ministérios, com destaque para as pastas de Saúde, Desenvolvimento Social e Educação. O valor é mais que o dobro do registrado no ano passado, quando os recursos parados chegavam a R$ 13,3 bilhões até agosto, de acordo com os dados mais recentes do Tesouro Nacional”.
Caso esses recursos não sejam utilizados até o final do ano, especialistas apontam que poderia ser uma opção "barata" para reduzir o déficit das contas públicas em 2023. No entanto, também sinaliza dificuldades na execução de políticas públicas, uma vez que a maior parte desse dinheiro é destinada a investimentos e outros recursos discricionários, sobre os quais o governo tem poder de decisão.
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