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Economia

Lula confirma Aloizio Mercadante presidente do BNDES: "precisamos de alguém para reindustrializar esse país"

O anúncio do presidente diplomado foi feito durante encerramento dos grupos de trabalho da transição governamental

(Foto: Divulgação)
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247 - O presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva confirmou nesta terça-feira (13) o nome do economista Aloizio Mercadante para o cargo de presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 

O anúncio do presidente diplomado foi feito durante o encerramento dos grupos de trabalho da transição governamental. "Quero dizer para vocês que não é boato. Aloizio Mercadante será presidente do BNDES. Precisamos de alguém que pense em desenvolvimento, reindustrializar, inovação tecnológica, financiamento ao pequeno, médio empresário. Nossas empresas públicas não estão à venda. Nosso País será respeitado", disse Lula. 

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Lula também mandou um recado aos agentes do mercado financeiro. "Ao mercado, eu queria dizer, digam se em algum momento o mercado ganhou tanto dinheiro como no meu governo. Provamos que é possível governar para todos. Crescimento do PIB só tem sentido se a gente distribuir o crescimento com aqueles que produziram crescimento, que é o povo trabalhador", afirmou o presidente diplomado.

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Leia também matéria do 247 sobre o assunto: 

Cotado para assumir o BNDES, Mercadante é o nome ideal para liderar o processo de reindustrialização do País

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O economista Aloizio Mercadante, que já foi ministro da Educação, da Ciência e Tecnologia e da Casa Civil, é o nome mais forte para assumir a presidência do BNDES, o principal banco de desenvolvimento do País. Formado em economia pela USP, Mercadante foi professor da Unicamp antes de exercer mandatos na Câmara e no Senado e de ser ministro de estado. De perfil desenvolvimentista, ele é o nome ideal para articular uma nova política industrial, a retomada dos investimentos em infraestrutura e a transição energética do País.

Esvaziado nos governos Temer e Bolsonaro, o BNDES encolheu drasticamente nos últimos anos, vendeu participações de forma pouco transparente e se tornou basicamente um escritório de assessoramento de privatizações. Com um nome como Mercadante no comando, o banco público poderá resgatar seu papel central, que é o de apoiar grandes investimentos produtivos no País. Uma das principais metas já anunciadas pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva será a de promover a reindustrialização do País.

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A eventual escolha de Mercadante, no entanto, não ocorrerá sem ataques da imprensa corporativa, que representa os interesses do mercado financeiro privado. Foi o que fez, por exemplo, neste domingo, a jornalista Andrea Sadi, da Globonews, que disse que Mercadante assusta o mercado. O discurso deste segmento da sociedade é o de que Faria Lima já supre as necessidades de capital das grandes empresas, o que tornaria o BNDES desnecessário. No entanto, a média de crescimento econômico nos últimos anos, nos governos Temer e Bolsonaro, foi medíocre, situando-se na casa de 1,5% ao ano, exatamente em função dos baixos investimentos produtivos.

Na estrutura governamental, o BNDES tem capacidade para articular grandes projetos e também de desenhar políticas para a reindustrialização do País. É também por lá que passam instrumentos como o Fundo Amazônia, que será crucial para a transição energética do País. O banco público também poderá ter papel decisivo no apoio aos investimentos da Petrobrás e de todo o segmento de óleo e gás, que foi aniquilado pela operação Lava Jato, bem como no resgate do setor de engenharia no Brasil.

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Integrante do núcleo histórico do Partido dos Trabalhadores e aliado de primeira hora do presidente eleito, Mercadante tem uma história de vida associada ao pensamento desenvolvimentista e cumpriu um papel central na campanha presidencial, bem como na transição, em que liderou todos os grupos temáticos das diversas áreas de governo. No BNDES, ele poderá se articular com federações industriais, sindicatos e entidades como a Confederação Nacional da Indústria para liderar a necessária reindustrialização do País.

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