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Economia

"Lula está em uma camisa de força", diz Hildegard Angel sobre autonomia do Banco Central

Jornalista afirmou que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, tenta levar adiante o legado de seu avô, um homem “brilhante”, mas de um projeto incompatível com o povo

Lula (Foto: Reuters/Carla Carniel | Reuters/Amanda Perobelli)
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247 - A jornalista Hildegard Angel, em participação na TV 247 neste domingo (5), afirmou que o presidente Lula (PT) está “em uma camisa de força” em relação ao Banco Central, presidido por Roberto Campos Neto. O Banco Central recentemente manteve a taxa de juros do país em 13,75% ao ano e elevou o tom de seu discurso, sinalizando que poderá manter o abusivo índice por mais tempo, comprometendo a política econômica do governo federal.

“O Paulo Guedes, que é uma inteligência do mal, colocou qualquer sucessor de Bolsonaro em uma camisa de força. Não vão me dizer que essa lei que estabeleceu a autonomia do Banco Central não teve a sua ingerência. Assim como a lei das estatais, que foi forjada ainda no período do Temer e depois foi incrementada pelo Bolsonaro/Paulo Guedes. Essa lei estabelece que o presidente da República não tem poder sob o Banco Central, é subordinado aos gestores das estatais. Imagine, por exemplo, na Petrobrás, o maior acionista não tem voz, é subordinado ao subordinado do subordinado”, afirmou.

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>>> Lula avalia que Campos Neto, do Banco Central, sabota seu governo e tenta de forma deliberada levar o Brasil à recessão

A jornalista classificou a situação como uma “armadilha” da qual Lula terá que se desvencilhar: “e ele é um homem corajoso para isso”.

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Hildegard ainda destacou que há um aspecto pessoal que influencia a atuação de Campos Neto à frente do Banco Central: seu passado ligado à ditadura militar. “É o ressurgir daquele projeto ditatorial através de seus descendentes. Então nós temos descendentes do João Figueiredo, do Mário Andreazza, do Hélio Beltrão e do Roberto Campos. Todos em posição de visibilidade e protagonismo. Por quê? Porque foi conveniente para o status quo do poder, do mercado, da mídia, da elite financeira, dar espaço a esses descendentes da ditadura, que não tinham até um certo período possibilidade de colocar o rosto de fora, por causa da rejeição a esses sobrenomes. Agora eles voltaram a despontar, e despontaram porque além de serem neoliberais, eles têm uma obrigação com a memória familiar, eles têm que resgatar a memória familiar, porque são memórias que marcam as gerações futuras. O Roberto Campos Neto é um homem preparado, filho de um homem preparado e neto de um homem preparadíssimo, porque Roberto Campos era brilhante. Mas o projeto do Roberto Campos é completamente o oposto de um projeto para o povo, de um projeto como o do PT, como o do Lula. E ele [Roberto Campos Neto] tem essa obrigação, essa inspiração atávica de defender a posição que valoriza sua memória e a memória de seus futuros. Então tem esse fator”.

“Eles são todos subordinados ao neoliberalismo”, afirmou Hildegard Angel.

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