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Economia

Lula promete Plano Safra melhor a cada ano e reitera que não é preciso desmatar para aumentar produção

O Plano Safra 2023/24 disponibilizará aos grandes e médios produtores a quantia de 364,22 bilhões de reais em crédito rural, um aumento de 27% em relação ao plano do ano anterior

Lula e agronegócio (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Paulo Whitaker/Reuters)
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(Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (27) que o governo federal aumentará os recursos disponibilizados pelo Plano Safra a cada ano, e voltou a dizer que os produtores agropecuários não precisam desmatar para aumentar a produção, alertando que o Brasil tem obrigação de "fazer as coisas bem feitas" porque o mundo está de olho.

"Não tenho medo de dizer para vocês: todos os anos a gente vai ter planos melhores do que no ano anterior. Estou convencido disso", disse Lula em discurso na cerimônia de anúncio do Plano Safra 2023/24 no Palácio do Planalto.

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"Se enganam aqueles que pensam que o governo pensa ideologicamente quando vai tratar de um Plano Safra", assegurou Lula, que derrotou na eleição do ano passado o ex-presidente Jair Bolsonaro, detentor de amplo apoio político no agronegócio.

O Plano Safra 2023/24 disponibilizará aos grandes e médios produtores a quantia de 364,22 bilhões de reais em crédito rural, um aumento de 27% em relação ao plano do ano anterior e um valor recorde para o programa.

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Lula ainda disse que não é preciso desmatar para se criar mais gado ou plantar mais soja, lembrando o programa do governo para recuperação de terras degradadas para produção agropecuária.

"Nós não precisamos desmatar nada para criar mais gado. Nada para plantar mais soja. Nós temos possibilidade de recuperar milhões de hectares de terra degradada que este país tem", afirmou o presidente.

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Lula disse ainda que pretende acabar com as invasões de terra no país por meio de um levantamento de áreas improdutivas e devolutas, criando assim uma "prateleira" com este tipo de terra para destiná-las à reforma agrária.

"Nós não precisamos, sequer, ter mais invasão de terra neste país. O governo brasileiro, através do Incra, e os Estados, através das suas secretarias e institutos de terra, podem fazer o levantamento de todas as terras devolutas, todas as terras improdutivas para a gente ter um prateleira de terra para quem quiser trabalhar", disse.

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"Não precisa alguém invadir para a gente ficar em um processo de três ou quatro anos para descobrir que a terra é improdutiva."

Lula mencionou as viagens que tem feito ao exterior e, ao defender a importância da sustentabilidade, disse que o Brasil tem lições a dar sobre o tema, não a receber, ao mesmo tempo que reconheceu que o mundo observa o que o Brasil faz na área ambiental.

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"Temos obrigação de fazer as coisas bem feitas porque o mundo está de olho na gente", afirmou.

Em discurso na mesma cerimônia antes de Lula, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, disse que o Brasil tem negociado com a União Europeia para mostrar que o país tem condições de cumprir seus compromissos no âmbito do Acordo de Paris sobre o clima sem comprometer sua agropecuária.

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Em sua fala, Lula mencionou as tratativas entre Mercosul e UE para um acordo de livre comércio e criticou a cobrança europeia para que o Brasil cumpra seus compromissos no Acordo de Paris.

"E quem cumpre? Quem deles cumpriu alguma meta agora mais do que nós? Quem deles cumpriu? Então é importante que a gente seja sério para que a gente possa exigir seriedade e respeito dos outros para conosco."

Em viagem à Itália e à França na semana passada, Lula disse que uma carta adicional enviada pela UE ao Mercosul impossibilita a celebração de um acordo entre os blocos, afirmando que o documento faz uma ameaça ao Brasil. Lula disse que o Mercosul está preparando uma resposta à União Europeia.

FERTILIZANTES

Em seu discurso, Lula também disse que o Brasil não pode ficar dependente da importação de fertilizantes para sua produção agrícola e disse que seu governo trabalhará para a construção de fábricas de fertilizantes no país.

"Um país que tem a riqueza agrícola do Brasil não poderia ser dependente de fertilizantes de outro país. Nós temos que ter capacidade, competência e disposição política de transformar este país em um país autossuficiente, inclusive em nitrogenados. A gente pode", assegurou.

"Agora a gente está percebendo que a gente precisa, agora a gente está percebendo que a gente já poderia ter, e nós vamos fazer", prometeu.

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