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      Mantega diz que governo buscará maior esforço fiscal em 2015

      "Em 2014, vamos nos empenhar para fazer a melhor meta possível de fiscal e já temos que olhar para o próximo ano (...) Temos que fazer um esforço fiscal maior no próximo ano e manter assim para os próximos", disse ministro da Fazenda, que deve deixar o governo neste segundo mandato de Dilma; questionado sobre quem seria seu substituto, ele disse que a pergunta deveria ser feita à presidente; Guido Mantega também disse que um eventual projeto de independência do Banco Central "não faz o menor sentido"

      "Em 2014, vamos nos empenhar para fazer a melhor meta possível de fiscal e já temos que olhar para o próximo ano (...) Temos que fazer um esforço fiscal maior no próximo ano e manter assim para os próximos", disse ministro da Fazenda, que deve deixar o governo neste segundo mandato de Dilma; questionado sobre quem seria seu substituto, ele disse que a pergunta deveria ser feita à presidente; Guido Mantega também disse que um eventual projeto de independência do Banco Central "não faz o menor sentido" (Foto: Gisele Federicce)
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      BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta segunda-feira que o governo fará a melhor meta fiscal possível este ano e buscará um esforço maior em 2015, afirmando ainda que a política macroeconômica do governo da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) será mantida e reforçada.

      "Em 2014, vamos nos empenhar para fazer a melhor meta possível de fiscal e já temos que olhar para o próximo ano (...) Temos que fazer um esforço fiscal maior no próximo ano e manter assim para os próximos."

      O governo enfrenta grande dificuldade em cumprir a meta de superávit primário de 99 bilhões de reais deste ano, equivalente a 1,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). De janeiro a agosto, a economia para o pagamento de juros da dívida pública ficou em apenas 0,94 por cento do PIB, evidenciando a dificuldade do governo em cumprir o alvo.

      No dia seguinte à eleição presidencial, Mantega buscou reforçar o compromisso do governo petista com o tripé macroeconômico composto por superávit primário, meta de inflação e câmbio flutuante.

      Ao mencionar esse compromisso, o ministro que vai deixar o governo foi indagado sobre qual nome para ocupar a Fazenda reuniria as credenciais capazes de ajudar a recuperar a confiança de empresários e investidores na economia brasileira.

      "Essa pergunta tem que ser feita à presidente. Na verdade estou aqui apresentando as políticas, porque para além dos nomes existem as políticas", disse Mantega.

      "A prioridade significa fortalecer os fundamentos fiscais, manter um bom resultado fiscal para que a dívida pública fique sob controle (...) A prioridade de manter a inflação sob controle, o compromisso de continuar gerando empregos e, portanto, manter o mercado interno em expansão."

      Ele disse que a área econômica trabalha com uma agenda de medidas destinadas a melhorar a atividade econômica, mas não entrou em detalhes sobre o que será feito, restringindo-se a dizer que há muito a ser feito até o término do ano.

      Dilma foi reeleita no domingo com 51,6 por cento dos votos válidos, contra 48,4 por cento do candidato Aécio Neves (PSDB).

      A presidente, que garantiu ao PT o quarto mandato consecutivo no governo federal, terá grandes desafios pela frente, como retomar o crescimento econômico, controlar mais efetivamente a inflação e reconquistar a confiança de empresários e investidores.

      As declarações de Mantega nesta segunda vão de encontro ao discurso feito por Dilma após a vitória no domingo, embora ambos tenham evitado dar detalhes sobre o que será feito no front econômico e fiscal.

      "Vamos dar mais impulso à atividade econômica em todos os setores, em especial no setor industrial", disse Dilma em pronunciamento a militante e aliados.

      "Quero a parceria de todos os segmentos, setores, áreas produtivas e financeiras, nessa tarefa que é responsabilidade de cada um de nós brasileiros e brasileiras", afirmou a presidente, acrescentando que seguirá "combatendo com rigor a inflação e avançando no terreno da responsabilidade fiscal".

      Independência do BC "não faz sentido", diz Mantega

      Um eventual projeto de independência do Banco Central "não faz o menor sentido", afirmou o ministro da Fazendo, Guido Mantega, nesta segunda-feira ao comentar a reeleição da presidente Dilma Rousseff.

      Mantega, cuja saída da pasta já havia sido anunciada, disse ainda que este não é o momento de anunciar mais medidas de estímulos econômicos, e que elas não estão finalizadas.

      (Reportagem de Luciana Otoni e Nestor Rabello)

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