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Economia

Mantega escreve sobre Strauss-Kahn: “ele tem direito à defesa”

Em carta ao G-20, ministro elogia atuao do chefo do FMI na crise mundial e diz que cargo no deve ser exclusivo para cidado europeu"

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, enviou hoje uma carta aos ministros do G-20 para expressar sua preocupação com os recentes acontecimentos envolvendo o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, e suas possíveis explicações. "Como sabem, são graves as acusações levantadas contra ele; no entanto, como qualquer cidadão, o Sr. Strauss-Kahn tem o direito irrestrito à defesa e todas as acusações têm de ser cuidadosamente examinadas", diz o ministro na carta.

Mantega destaca o papel exercido por Strauss-Kahn como diretor-gerente do Fundo e diz que "ele atuou de forma decisiva nos esforços internacionais para superar a crise econômica mundial". "O diretor-gerente também contribuiu para a reforma do Fundo, reconhecendo que os mercados emergentes e os países em desenvolvimento precisam ter maior peso nas decisões do FMI, em linha com sua crescente participação na economia mundial".

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O ministro afirma que, apesar de Strauss-Kahn não ter renunciado ao cargo nem ter sido demitido, gostaria de compartilhar sua opinião sobre o assunto. Segundo ele, antes de discutir nomes, alguns critérios deveriam ser estabelecidos para a seleção adequada do diretor-gerente do Fundo.

"O FMI não pode ficar para trás nesse processo de mudança institucional. Se o Fundo quer ter legitimidade, seu diretor-gerente deve ser selecionado somente após ampla consulta com os países membros", afirma Mantega, que destaca ainda que o Brasil sempre apoiou a posição de que a seleção deve ser baseada no mérito, independentemente da nacionalidade. "Já se passou o tempo em que poderia ser remotamente apropriado reservar esse importante cargo para um cidadão europeu".

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Para o ministro, o diretor-gerente do FMI deve ser uma pessoa "altamente qualificada, com sólida formação técnica e política, bem como experiência em cargos oficiais de alto nível". Ele destaca ainda que essa pessoa deve "representar um número maior de países membros, ser aberto à necessidade de mudanças e reformas, e capaz de compreender a ampla variedade de desafios enfrentados em diversas partes do mundo".

Mantega defende que a decisão sobre o assunto não se dê de forma precipitada e que o processo assegure a representatividade e a legitimidade do FMI.

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