Mantega faz lobby e nome de Tombini ganha força
Nome do atual presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, ganha forças entre os próprios técnicos do governo para assumir a Fazenda; segundo o jornalista Kennedy Alencar, o ministro Guido Mantega é o principal defensor da indicação; de acordo com fonte da agência Reuters, Dilma está "perto" de anunciar próximo ministro da Fazenda
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SÃO PAULO - O nome do atual presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, vem ganhando cada vez mais forças para substituir o ministro da Fazenda Guido Mantega a partir de 2015.
Segundo informações do jornal O Globo, o nome de Tombini ganha forças entre os próprios técnicos do governo, que notam mudança clara no prestígio dele após ser convocado por Dilma Rousseff para acompanhá-la na reunião do G-20. Se Tombini saísse do BC, seu sucessor provável seria Luiz Pereira Awazu.
Já segundo o blog de Kennedy Alencar, Mantega é o principal defensor da indicação do presidente do Banco Central para a Fazenda. O lobby pró-Tombini é uma tentativa de Mantega de influenciar, na saída, a escolha do sucessor. Vale ressaltar que, ontem, o blog de Tereza Cruvinel destacou que Dilma examina uma hipótese: Tombini na Fazenda e Henrique Meirelles no presidente do Banco Central.
Por outro lado, outros nomes estão no radar: Dilma ainda pode convidar o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, para comandar o Ministério da Fazenda, afirma o Valor Econômico. Segundo o jornal, Trabuco não foi convidado, como chegou a ser noticiado e, se for, como espera Lula, aceitará a oferta. Os outros dois nomes seriam Henrique Meirelles e Nelson Barbosa. Contudo, Lula considera o nome de Barbosa "insuficiente" no atual contexto de crise. E, segundo o jornal, Meirelles teria poucas chances.
Segundo fonte da agência Reuters, a presidente Dilma está "perto" de anunciar o substituto de Mantega. Leia abaixo:
Dilma está "perto" de anunciar próximo ministro da Fazenda, diz fonte
Por Brian Winter
SÃO PAULO (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff está "perto" de anunciar o próximo ministro da Fazenda, disse uma fonte do governo nesta quarta-feira, escolha que ajudará a definir se ela adotará uma postura mais favorável aos mercados ou dobrará a aposta em políticas mais intervencionistas.
A fonte, que falou sob condição de anonimato, recusou-se a dizer exatamente quando a decisão será anunciada ou quem será escolhido para substituir o atual ministro, Guido Mantega.
"É provavelmente a decisão mais importante que ela tomará pelo resto de sua Presidência", disse a fonte, explicando por que Dilma tem esperado tanto tempo para anunciar sua escolha após obter a reeleição em 26 de outubro.
Alguns investidores têm especulado que o anúncio pode vir já nesta quarta-feira, já que boa parte dos mercados não abrirão na quinta-feira, o que daria a investidores tempo para digerir a notícia.
Dilma disse que nomearia o sucessor de Mantega após voltar da cúpula do G20, que ocorreu na Austrália no último fim de semana. Ela voltou na segunda-feira e passou a maior parte de terça-feira com seu assessor mais próximo, o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante.
A pressão sobre Dilma tem crescido nos últimos dias para nomear o sucessor de Mantega, com o crescente escândalo da operação Lava Jato, envolvendo a Petrobras, ameaçando ofuscar seu segundo mandato e prejudicar a economia já estagnada.
Muitos investidores torcem para que ela escolha Henrique Meirelles, ex-presidente do BC de 2003 a 2010, que sinalizaria mais ênfase em cortes nos gastos públicos e combate à inflação.
Dilma também está considerando o atual presidente do BC, Alexandre Tombini, e o ex-secretário-executivo da Fazenda Nelson Barbosa. Os dois nomes sinalizariam uma continuidade maior e provavelmente decepcionariam investidores.
O dólar tem renovado as máximas em quase uma década ante o real e a bolsa de valores tem sido golpeada nos últimos dias, com investidores especulando sobre quem pode ser escolhido.
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