Mantega rebate crítica de que governo só estimula o consumo
"É uma falha achar que isso ocorre. O BNDES financia investimentos em infraestrutura, implantação de fábricas, compra de tratores, máquinas. O que mais cresce é o financiamento [de projetos que exijam] investimento com taxas reduzidas", defendeu o ministro da Fazenda
Daniel Lima - Repórter da Agência Brasil
Não procedem as críticas de que o governo só estimula o consumo no País e não os investimentos, disse hoje o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao participar do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
"É uma falha achar que isso ocorre. O Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financia investimentos em infraestrutura, implantação de fábricas, compra de tratores, máquinas. O que mais cresce é o financiamento [de projetos que exijam] investimento com taxas reduzidas", defendeu. Ele admitiu que, para combater a crise, o governo teve que reduzir tributos para estimular o consumo, mas não se pode dizer que o governo só estimulou o consumo. "É um mito achar que só estimulamos o consumo", rebateu.
Mantega disse ainda que o Brasil continua sendo um dos países que mais recebem investimentos estrangeiros e que tem enfrentado a crise com a manutenção da economia em certo nível e gerando emprego. "Nos últimos onze anos, foram gerados mais de vinte milhões de empregos no Brasil, enquanto outros países têm aumentado o desemprego, nos últimos cinco anos. O país foi o único que passou pela crise gerando emprego. Algumas empresas têm dificuldade de conseguir mão de obra. Agora, estamos tendo que resolver a questão da qualificação", disse.
Para Mantega, o crescimento do último ano, de 2,3%, "não foi um grande crescimento, mas o suficiente para gerar todos os empregos necessários" e proporcionar renda e riqueza ao país. Ele voltou a dizer que no âmbito do G20 [representa os vinte países que detém a maioria do PIB mundial] foi um dos que mais cresceram. "Poderia ser maior. Será maior quando houver o crescimento da economia mundial. Quando voltarmos a exportar mais. A indústria nacional está com capacidade ociosa. Atende o mercado doméstico, mas tem dificuldade de atender o mercado internacional que encolheu".
Mantega voltou a criticar o rebaixamento da classificação de risco Standard & Poor's (S&P). Ele lembrou que, mesmo com o "suposto rebaixamento", a bolsa continuou a subir e os juros caíram no mercado futuro, além da valorização do real em relação ao dólar. "A nota foi totalmente descartada pelo mercado. Ninguém olhou isso. Todo mundo avaliou a real situação da economia brasileira. Os investidores externo estão entrando com força na economia brasileira. Não vi nenhuma repercussão", disse. Ele lembrou que a S&P também rebaixou a nota dos EUA há alguns anos. "E também não aconteceu nada. Todo mundo continuou investindo nos EUA e levando dinheiro para lá. Então as coisas são bastante relativas".
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