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Economia

Meirelles diz que Lula está 'falando as coisas certas' sobre economia

"Ele já está falando coisas certas. Da reforma administrativa, da reforma tributária. O que precisa é fazer a sintonia fina agora", disse o ex-presidente do Banco Central

Henrique Meirelles e Lula (Foto: Ricardo Stuckert)
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247 - O ex-presidente do Banco Central (BC) e ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já está dizendo as “coisas certas” sobre economia. “Ele já está falando coisas certas. Da reforma administrativa, da reforma tributária. Coisas certíssimas. O que precisa é fazer a sintonia fina agora”, disse Meirelles ao jornal O Estado de S. Paulo. Meirelles foi presidente do BC entre 2003 e 2010 e ministro da Fazenda no governo Michel Temer. 

Na entrevista, Meirelles, que anunciou apoio à candidatura de Lula na segunda-feira (19), defendeu a necessidade de manter o equilíbrio fiscal, associado à realização das reformas, para “que o país volte a crescer e criar emprego e renda”. 

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"É uma combinação. De um lado, fazer reforma administrativa. É a número 1. E a tributária em seguida. Abrir espaço fiscal, diminuir fortemente as despesas de financiamento da máquina federal, e aí poder seguir o teto, respeitando ele, e ao mesmo tempo fazendo política social, investimento em infraestrutura etc. À medida que se respeita o teto de gastos, isso restaura a confiança e o país volta a crescer e criar emprego e renda”, disse Meirelles sobre um eixo da política econômica em um eventual governo Lula.

Ainda segundo ele, a declaração de Lula sobre revogar o teto de gastos foi um equivoco. “Ele [Lula] falou essa questão do teto, mas por outro lado ele falou coisas muito certas, de fazer a reforma administrativa e de fazer a reforma tributária. Isso está certo. Ele está bem assessorado aí. É apenas uma questão de discutir isso com maior profundidade. Com uma reforma administrativa bem feita, a tributária, pode respeitar o teto e fazer programas sociais, investimentos em infraestrutura e o país crescer muito ao mesmo tempo ”, disse.

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O economista ressaltou, ainda, que o apoio a Lula foi baseado nos resultados positivos obtidos pela economia ao longo das gestões do petista e da convivência que teve com ele enquanto presidiu o BC. “Eu me baseei na minha experiência concreta, trabalhando com ele durante os oitos anos no primeiro e segundo mandatos dele. Em primeiro lugar, fizemos um acordo na época de independência e autonomia do Banco Central. Ele cumpriu o acordo. Foi uma experiência de trabalho muito bem recebida. Os resultados foram extremamente positivos”, disse. 

“Durante esses oitos anos, o Brasil cresceu uma média de 4% ao ano. O país criou quase 11 milhões de empregos. Mais de 40 milhões de brasileiros saíram da linha da pobreza. Quando assumimos, encontrei um acordo com o Fundo Monetário Internacional. O Brasil dependia da aprovação do fundo para adotar uma série de medidas, que o FMI determinava, em última análise, a política fiscal do país. Compreensível, porque o Brasil era devedor. Chegamos a sacar toda a linha (de empréstimo) para pagar compromissos. As reservas internacionais, que eram US$ 37 bilhões quando assumi, pagando todos os compromissos, chegaram a US$ 15 bilhões. E começamos a fazer todo o trabalho. Foi tudo muito bem sucedido”, destacou.

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