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      Mercadante X Armínio: quem ganha esse duelo?

      Na esquerda, Aloizio Mercadante, o economista mais enfático do PT, assume frente econômica da reeleição; do outro lado, já nomeado ministro da Fazenda por Aécio Neves, Armínio Fraga, pelo PSDB, rasga elogios ao modelo do ex-ministro Antonio Palocci, que brilhou no governo Lula e caiu no de Dilma Rousseff, para contar o que pretende fazer: "Não seria muito diferente, Palocci fez uma belíssima gestão"; avanços sociais e desconstrução dos tempos de Pedro Malan, quando Fraga subiu juros a 45%, estão na pauta de Mercadante para contra-atacar; primeiros movimentos de Fraga são suaves; "trazer a inflação para a meta em um ano seria muito sacrifício", diz ele hoje; quem vai vencer esse debate central da eleição?

      Na esquerda, Aloizio Mercadante, o economista mais enfático do PT, assume frente econômica da reeleição; do outro lado, já nomeado ministro da Fazenda por Aécio Neves, Armínio Fraga, pelo PSDB, rasga elogios ao modelo do ex-ministro Antonio Palocci, que brilhou no governo Lula e caiu no de Dilma Rousseff, para contar o que pretende fazer: "Não seria muito diferente, Palocci fez uma belíssima gestão"; avanços sociais e desconstrução dos tempos de Pedro Malan, quando Fraga subiu juros a 45%, estão na pauta de Mercadante para contra-atacar; primeiros movimentos de Fraga são suaves; "trazer a inflação para a meta em um ano seria muito sacrifício", diz ele hoje; quem vai vencer esse debate central da eleição? (Foto: Felipe L. Goncalves)
      Felipe L. Goncalves avatar
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      247 – À esquerda, o ex-chefe da Casa Civil Aluizio Mercadante toma posição com a missão de relembrar o pior da política econômica do PSDB, nos tempos do ministro da Fazenda Pedro Malan e de Armínio Fraga na presidência do Banco Central. A missão é desconstruir aqueles tempos de juros a 45% e desemprego recorde, buscando acuar os tucanos em seu próprio córner histórico.

      Do outro lado, faz quase um ano, quem está na luta é o já nomeado ministro da Fazenda do eventual governo Aécio Neves, Armínio Fraga. O discurso dele, ao contrário que parecia nos tempos iniciais de entrevistas e pronunciamentos, está se suavizando. Mais ainda, procura agora associar-se diretamente ao modelo empreendido pelo então ministro Antonio Palocci, que brilhou nos tempos do governo Lula e caiu em desgraça no início da administração Dilma:

      - Não seria muito diferente daquilo, tem dito Fraga, quase que rasgando elogios ao trabalho do chefe da economia nos tempos de Lula:

      - Como tudo na vida, se perguntar ao próprio Palocci ou a outros, talvez algumas coisas ele e sua equipe tivessem feito diferente. Mas o geral foi muito bom. Palocci fez uma belíssima gestão — disse Arminio.

      O movimento é calculado. De olho no medo de ruptura brusca na economia por parte de empresários, Fraga vai prometendo uma mudança soft:

      - Não está difícil. São algumas correções. Não acho que tem de trazer a inflação para a meta em um ano. Seria muito sacrifício, anuncia o presidente da Gávea Investimentos.

      Mercadante ainda não abriu suas baterias, mas se sabe que ele deve partir para o confronto da ausência de acento social na política econômica tucana, além de ressaltar os avanços obtidos no governo Dilma, do qual ele foi ministro da Educação.

      - O Fraga dá entrevistas todos os dias, o Mercadante, agora licenciado, tem condições de fazer esse debate, calcula  o presidente do PT, Rui Falcão.

      Vai ficando claro que, enquanto o PT pretende mostrar "os monstros do passado" do PSDB, os tucanos, pela voz de Fraga, que, de fato, tem sabido ocupar a mídia com entrevistas e posicionamentos com muito mais intensidade que o petistas – à exceção do ministro Guido Mantega.

      É justamente Mantega que fica no foco das críticas de Armínio, como se percebe pela súbita admiração dele pela gestão de Palocci. Fraga ao elogiar este está criticando aquele.

      - O ministro vai continuar falando sobre as coisas do governo, enquanto Mercadante vai dar mais a visão direta da campanha.

      Quem vai ganhar esse duelo? Para o mercado financeiro, está claríssimo que o único palatável é Fraga, mas Mercadante tentará ampliar o diálogo com os empresários, além de tentar aprofundar as raízes populares do governo Dilma. Não é pouca para fazer até o domingo 26.

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