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Economia

Mercado espera mais da Hypermarcas

Despesas com aquisies fizeram lucro cair no primeiro trimestre e aes despencam mais de 10% aps o balano

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247_ A Hypermarcas foi avisada. O mercado queria ver mais rentabilidade e menos aquisições. Sem entregar o que foi pedido, a empresa levou um tombo no pregão da segunda-feira 9. Os papéis HYPE3 despencaram 10,6% após o anúncio do balanço trimestral. Desta vez, a badalada companhia que compra e ressuscita marcas populares com forte trabalho de marketing teve queda de 40,3% no lucro líquido com o resultado obtido de R$ 32,9 milhões. O fraco desempenho foi atribuído às aquisições da Mantecorp, Mabesa, Perfex e os últimos cinco dias do trimestre referentes aos resultados das Marcas Rx, adquiridas da Sanofi-Medley. Tudo isso teve impacto no resultado financeiro da companhia que apresentou uma despesa líquida de R$ 80,9 milhões, 31% maior.

A corretora Planner, que havia apontado 2011 como “o ano das ações da Hypermarcas” pela expectativa de retorno aos acionistas após tantas aquisições ao longo dos três anos da empresa, divulgou relatório em que aponta os motivos pelos quais não gostou do balanço. “Não gostamos pelos seguintes motivos: crescimento da mesma base de referência fraco no primeiro trimestre de 2010, maior despesa financeira e diversas despesas não recorrentes relacionadas às aquisições realizadas no ano passado.” A fome da Hypermarcas por aquisições já havia sido criticada pelo analista da Planner, Francisco Kops, no fim de abril. Na ocasião, ele afirmou que gostaria que a empresa “colocasse o pé no freio”.

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Como dado positivo neste balanço, a corretora apontou o aumento na margem bruta no total do faturamento, embora seja reflexo de um maior mix do segmento farmacêutico que possui margens maiores. A receita líquida de R$ 845,2 milhões foi 30,5% maior, mas ficou abaixo das expectativas da Planner por conta de uma performance ruim de crescimento em todos os segmentos, principalmente em limpeza e alimentos, que recuaram 27,5%. A Hypermarcas justificou os números com o calendário do carnaval, mais tarde do que em outros anos, a alta de juros e preços e a redução do prazo de pagamento para clientes como precaução ao aumento da inflação.

Apesar de toda a crítica, a corretora mantém a recomendação para compra de papéis da companhia. “Devido às diversas aquisições realizadas em 2010, itens não recorrentes como os vistos este trimestre devem representar um maior risco para o resultado de 2011. De qualquer maneira, continuamos com nossa visão otimista, principalmente pelos fundamentos macro dos setores em que a Hypermarcas está inserida”, afirma Francisco Kops no relatório. Ele mantém o preço-alvo das ações a R$ 25,15 para dezembro deste ano. Nesta segunda-feira 9, o papel fechou a R$ 18,12.

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