Mercado já vê Eike como tecnicamente quebrado
As ações de suas empresas, que já estavam no chão, viraram pó, nesta segunda-feira; OGX, de petróleo, e MMX, de mineração, caíram mais de 15%; agentes do mercado financeiro esperam que ele anuncie, a qualquer momento, um calote em seus credores
SÃO PAULO - A tentativa de recuperação do principal índice de ações brasileiras nesta segunda-feira foi frustrada por pesadas perdas das ações de companhias do empresário Eike Batista.
Após ter chegado a retomar a fronteira do 50 mil pontos, sob influência positiva dos mercados internacionais, o Ibovespa foi perdendo força, até fechar em baixa de 0,49 por cento, a 49.088 pontos. O giro financeiro, inflado pelos 3,1 bilhões de reais do exercício de opções sobre ações, atingiu 9,49 bilhões de reais.
A petroleira OGX e a empresa de mineração MMX, ambas do Grupo EBX, de Eike, desabaram ao redor de 15 por cento cada, seguidas pela companhia de logística LLX. As três ações foram as principais baixas do Ibovespa.
"A desconfiança do mercado com as ações do Eike Batista parece que não acaba", disse o assessor de investimentos da Renascença DTVM Luiz Roberto Monteiro. "Elas seguem no olho do furacão."
Na sexta-feira passada, a agência de classificação de risco Fitch cortou os ratings da dívida da OGX em moeda estrangeira e em moeda local para "CCC", com perspectiva negativa.
A derrocada das ações de "X" anulou o efeito positivo da recuperação de diversas outras ações com forte peso no índice, como Petrobras e Vale.
Entre as altas do Ibovespa, a ação da Embraer teve valorização acima de 6 por cento. A fabricante brasileira de aviões lançou a segunda geração de jatos comerciais E-Jets durante o maior evento do setor em Paris e disse ter encomendas potenciais de até 365 unidades.
No front externo, investidores estão na expectativa pela reunião do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, nesta semana, em busca de sinais sobre o futuro do programa de estímulos monetários.
(Por Aluísio Alves)
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