Ministros ignoram crise política e dizem que economia voltou ao normal
Equipe econômica ignorou a crise política que ameaça o governo Michel Temer e disse que mesmo diante do momento atual, a economia brasileira já voltou à "normalidade" e que a agenda de reformas não será interrompida mesmo se Temer sair do comando do país; "Não vejo hoje no país outro ator (relevante) que proponha reversões (da atual política econômica)", afirmou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles; segundo ele, o Brasil já voltou a ter uma "normalidade macroeconômica"; ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, também disse que um novo ciclo econômico está começando
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Reuters - Para uma plateia repleta de empresários, a equipe econômica do governo se esforçou para tentar convencer que, mesmo diante do momento de crise, a economia brasileira já voltou à "normalidade" e que a agenda de reformas não será interrompida mesmo se o presidente Michel Temer sair do comando do país.
"Não vejo hoje no país outro ator (relevante) que proponha reversões (da atual política econômica)", afirmou a jornalistas o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, após palestra no Fórum de Investimentos Brasil 2017, que contou também com a presença de Temer e dos presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).
Segundo Meirelles, o Brasil já voltou a ter uma "normalidade macroeconômica" e defendeu que o atual governo trabalhou para dar aos agentes econômicos maior previsibilidade e confiança sobre a economia, o que ajuda a melhorar os investimentos e reduzir volatilidade no câmbio e juros.
Sem citar a atual crise política que atingiu Temer, Meirelles disse ainda que a agenda adotada pelo governo permitiu ao país continuar crescendo mesmo com problemas de diversas naturezas. O presidente está sendo investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por crime, entre outros, de corrupção passiva.
Questionado se se colocaria como eventual sucessor caso Temer seja retirado do cargo, Meirelles apenas respondeu que não trabalha "com hipóteses", e reforçou o compromisso de Maia e Eunício de dar continuidade às reformas (trabalhista e da Previdência) no Congresso Nacional.
"Acredito que vamos avançar na agenda de reformas", afirmou o ministro, mas ponderando que o Congresso é soberano em suas decisões. Meirelles também negou que haja planos dentro do governo para fatiar a votação da reforma da Previdência, considerada essencial para colocar as contas públicas em ordem.
Também no evento, O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou o Brasil precisa se organizar para atrair a liquidez disponível no exterior e que um novo ciclo de crescimento está começando.
(Reportagem de Eduardo Simões)
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