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Economia

Mistificadores

A História já começa a repor Fernando Henrique. Penso que será muito dura com seus sucessores imediatos

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A propósito do denso, acessível e oportuno livro da jornalista Míriam Leitão, trago ao debate a postura dos que hoje governam o País e que se opuseram a todas as mudanças cruciais: Plano Real; reformas estruturais, como a quebra do monopólio estatal do petróleo e as privatizações, que revolucionaram as telecomunicações e fizeram de empresas falidas como Embraer e CSN ou limitadas, como a Vale, as gigantes exportadoras em que se transformaram.

Intitulada SAGA BRASILEIRA, A LONGA LUTA DE UM POVO POR SUA MOEDA, a nova obra de Míriam fala aos que padecemos a hiperinflação e vivemos o belo momento da conquista da estabilidade. Mas se dirige, sobretudo, à geração que nasceu ou ganhou entendimento já sob moeda verdadeira, longe dos horrores de décadas e décadas que pervertiam a própria compreensão do Brasil pelos brasileiros. Nação sem moeda vira amontoado, deixa de ser Nação.

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Basta dizer que os 15 anos que antecederam a Unidade Real de Valor (URV) que, depois, viria a se chamar Real, geraram inflação de 13.5 trilhões por cento. Funcionários dos supermercados tiravam mercadorias dos carrinhos para lhes remarcar os preços, devolvendo-os, a seguir, para consumidores que nem mais conseguiam reclamar.

Nasceu um novo Brasil, em processo que levou ao resgate de “esqueletos” antigos, como o BNH da ditadura; a renegociação da dívida de estados e municípios; o saneamento dos bancos estatais estaduais, aqueles bunkers do clientelismo e da corrupção; duas capitalizações num Banco do Brasil cambaleante e uma na CEF, que foi profissionalizada e despolitizada. Depois veio a Lei de Responsabilidade Fiscal, contra a qual o PT de Lula foi ao STF, “coerente” com sua postura de combater cada momento de recomposição das fibras nacionais pelos governos de Itamar Franco (início do processo, Fernando Henrique pilotando a Fazenda) e dos oito anos deste último.

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Curiosamente, Míriam relembra a epopéia da estabilidade no momento preciso em que o governo Dilma Rousseff se demonstra incapaz de enfrentar a inflação que ameaça retornar à vida dos brasileiros. Os últimos cinco anos de Lula romperam com os três primeiros, que foram de inegável responsabilidade fiscal: os gastos públicos cresceram até 9% reais (acima do PIB, descontada a inflação), plantando a semente da crise que aí está.

2010, então, foi aberrante. Para ratificar sua própria popularidade e eleger sua candidata, Lula atentou contra o futuro dos seus governados. Propaganda, desperdício, irregularidades, gastança desenfreada. Foi o oposto de Fernando Henrique, que presenciou, como magistrado, a subida do adversário ao poder, não tomando nenhuma atitude que pudesse ajudar seu candidato e prejudicar o País.

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A História já começa a repor Fernando Henrique. Penso que será muito dura com seus sucessores imediatos.

*Diplomata, foi líder do PSDB no Senado

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