Mobius: ‘Brasil crescerá pouco em 2015, mas 2016 será bem melhor’
Previsão é do executivo-chefe da Templeton Emerging Markets, Mark Mobius, feita em evento sobre perspectivas econômicas em São Paulo; "Não me surpreenderia se visse o Brasil crescendo 3%, 4% em 2016", comentou; ele afirmou que o Brasil tem muito potencial e destacou que o novo presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, tem que aumentar a transparência na empresa
247 – O executivo-chefe da Templeton Emerging Markets, Mark Mobius, afirmou nesta segunda-feira 9 que acredita que o Brasil crescerá pouco ou nada esse ano, mas que 2016 será um período melhor. "Não me surpreenderia se visse o Brasil crescendo 3%, 4% em 2016", disse ele, durante um evento com jornalistas na sede da gestora em São Paulo.
Ele considera o Brasil um país com muito potencial, que conta com abundantes recursos naturais e grande necessidade de projetos em infraestrutura. Segundo ele, se as políticas adequadas forem implementadas, a confiança dos investidores vai melhorar e o crescimento da economia brasileira ainda receberia um impulso no próximo ano da recuperação nos preços das commodities.
Ele apoiou a nova equipe econômica da presidente Dilma Rousseff e deu opiniões sobre o que deveria fazer Aldemir Bendine, o novo presidente da Petrobras. Leia abaixo na reportagem do portal Infomoney:
Mobius diz o que Bendine deve fazer e afirma: "sempre soubemos que há corrupção no Brasil"
SÃO PAULO - O executivo-chefe da Templeton Emerging Markets, Mark Mobius, destacou as suas percepções sobre a Petrobras (PETR3;PETR4) e as denúncias de corrupção que envolvem a companhia, em evento sobre perspectivas econômicas em São Paulo.
Mobius destacou que o novo presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, tem que aumentar a transparência na empresa, ao mesmo tempo em que teria que eliminar o conteúdo nacional para diminuir os custos da estatal.
O executivo ressalta que o novo presidente da estatal não tem um histórico exemplar para comandar a petroleira, mas é bom no relacionamento com o governo, o que lhe será útil no novo cargo. Segundo ele, a primeira coisa que Bendine deveria fazer é ser totalmente transparente, destacando a atual situação da companhia e as quais são as principais dificuldades da estatal.
Além disso, seria necessário um plano para que a Petrobras fique em dia com os seus fornecedores e que a empresa deveria começar a estudar seriamente a venda de ativos, mesmo em meio à queda nos preços do petróleo, que poderia levar a empresa a não conseguir os valores que consideraria adequados nas transações.
Além disso, apesar das perspectivas de curto prazo não serem exatamente positivas e de ver um 2015 difícil, o horizonte pode ser mais positivo já em 2016. Ele destacou que as recentes denúncias de corrupção na Petrobras não o surpreenderam, uma vez que isso ocorre com outras empresas e em quase todos os países. Contudo, Mobius ficou espantado com a grande quantidade de recursos que foram desviados. Por outro lado, ele destacou que o escândalo da Lava Jato vai melhorar a governança no Brasil e que esta melhora da governança ocorrerá em todas as companhias.
Vale ressaltar que o gestor reduziu globalmente a fatia em Petrobras de 1,2% para cerca de 1%, mas que se deveu mais a uma queda no valor dos papéis do que à venda propriamente dita das ações em carteira. E, em tom de brincadeira, disse que chega a torcer que o rating da companhia seja rebaixado para "junk" (ou grau especulativo), deixando as ações mais baratas e ampliando oportunidades.
E Mobius se mostrou otimista em relação ao mercado de ações brasileiro, ao afirmar que alguns papéis estão baratos e podem cair ainda mais. As oportunidades estariam principalmente no setor de commodities, afirma, como mineração e petróleo. Porém, no momento, o fundo possui maior participação na carteira em bancos brasileiros.
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