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Economia

"Não precisa mais invadir terra. Não precisa ter barulho, ter guerra", diz Lula

"Se quem faz o levantamento da terra improdutiva é o Incra, o Incra que comunique o governo e discutiremos a ocupação", disse o presidente, acenando ao MST e ao agro

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: ABr | Stuckert)
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247 - Em seu primeiro podcast nesta terça-feira (13), o presidente Lula (PT) tentou novamente estabelecer uma ponte entre seu governo e o agronegócio, afirmando que “não há nenhuma objeção” por parte de sua administração em relação aos grandes produtores rurais. Por outro lado, Lula não deixou de mencionar a reforma agrária, pauta do principal movimento social do país: o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). “Nós vamos fortalecer a pequena e média propriedade, vamos fortalecer o agronegócio, vamos continuar fazendo reforma agrária - porque onde precisar assentar gente nós vamos assentar”.

O presidente, contudo, afirmou que não há motivo para os movimentos de ocupação de terra: “não precisa mais invadir terra. Se quem faz o levantamento da terra improdutiva é o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), o Incra que comunique o governo quais são as propriedades improdutivas em cada estado brasileiro e a partir daí nós vamos discutir a ocupação dessa terra. É simples. Não precisa ter barulho, não precisa ter guerra. O que precisa ter é competência e capacidade de articulação”, prometeu o presidente, em uma tentativa de relaxar as tensões entre o MST e o agro.

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O mandatário também declarou que “do ponto de vista econômico”, não há “problema” entre o governo federal e os representantes do agronegócio. “O problema pode ser ideológico”, avaliou. “Eu nunca tive problema com o agronegócio. Eu governei por oito anos esse país, eles sabem tudo que fizemos por eles, sabem que nós temos muita responsabilidade com o salto de qualidade que deu a agricultura brasileira por causa dos financiamentos que nós fazíamos, de máquinas. No nosso tempo, uma dessas máquinas colheitadeiras era financiada a 2% de juros ao ano. Hoje eles estão pagando 18% de juros ao ano. Então eles sabem que do ponto de vista econômico eles não têm problema conosco. O problema pode ser ideológico. E se é ideológico, paciência, a gente vai estar em campos opostos”.

Ele também repetiu que “não há incompatibilidade entre o pequeno e médio produtor e o grande produtor. Isso está na cabeça de quem não quer pensar direito. O Brasil precisa dos dois, os dois são complementares, os dois ajudam o Brasil. Um produz mais para exportar - e também produz para o mercado interno -, mas a pequena e média agricultura é que cria aquela galinha caipira, aquele porquinho, aquela frutinha, o feijão. Então precisamos ajudar os dois, e eles precisam conviver em paz, porque um ajuda o outro. (...) Nós vamos anunciar agora o Plano Safra e eles vão perceber que da parte do governo não há nenhuma objeção a eles. O que queremos é que todos produzam, cresçam e todos cresçam juntos”.

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