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Economia

Nassif: "Palocci fez lobby, sim"

Maior fonte de receita do ministro, diz o jornalista, teria sido a capitalizao da construtora WTorre

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247 - Um dos jornalistas mais próximos ao Palácio do Planalto, Luis Nassif vinha mantendo obsequioso silêncio sobre o caso Palocci nos primeiros dias após a revelação do escândalo. Ontem, ele se manifestou, condenando de forma veemente a atuação do ministro. De acordo com Nassif, Palocci "fez lobby, sim" e a maior fonte de receita da Projeto teria sido a capitalização da construtora WTorre pelo banco BTG Pactual. Ele não apresenta provas do que diz e o comentário vale mais pela posição de Nassif do que pelo comentário em si. Leia abaixo o texto do jornalista.

Para entender a consultoria de Palocci

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Enviado por luisnassif, qui, 26/05/2011 - 10:35

Para entender o festival de irrelevâncias com que a velha mídia trata o caso Palocci – e sua dificuldade em entrar nos temas centrais.

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Antonio Palocci cumpriu bem seu papel de fazer o meio campo do governo com o grande capital. Mas queria mais: ser aceito no clube, ser recebido na sala de visitas. Tornou-se o Pedro Malan do PT, não apenas na orientação econômica, mas nos maneirismos adquiridos nos salões, na maneira de falar baixo, como gente fina.

Sua consultoria faz lobby, sim.

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Juntando as informações que saem picadas na imprensa, percebe-se que provavelmente sua maior fonte de receita decorreu da operação de capitalização da WTorre pelo banco BTG Pactual.

A WTorre sempre foi uma empresa enrolada, com algumas operações complicadas. Adquiriu o esqueleto do prédio da Eletropaulo por R$ 385 milhões graças a ligações que tinha no antigo ABN Amro, que financiou a compra.

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Depois o ABN foi adquirido pelo Santander. Mantida a influência da WTorre, o Santander adquiriu o complexo por mais de R$ 1 bilhão. Mas não resolveu os pepinos da construtora. Parte das dívidas junto a bancos e fornecedores foi transformada em capital, mas os pepinos continuaram.

No segundo semestre de 2010 começou a aproximação do Pactual com a WTorre. Justo no período em que Palocci assessorava a empresa.

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Segundo matéria do Valor

Depois de tentar se capitalizar via mercado e de enfrentar uma situação financeira bastante delicada em 2010, o empresário Walter Torre conseguiu o que está sendo considerada pelo mercado a melhor solução possível para o seu negócio. Uma verdadeira reviravolta, no melhor dos clichês. A aproximação entre Walter Torre e André Esteves, do BTG Pactual, foi decisiva. O empresário precisava de capital e o banqueiro, de imóveis. Juntos, criaram a maior empresa de properties (imóveis de renda) do Brasil, com ativos de R$ 5,3 bilhões.

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Provavelmente uma operação legítima, em que o maior banco de investimento brasileiro entrou no capital de uma grande empresa em dificuldade. Ganha o Pactual, ganha a WTorre e ganha o consultor que promoveu o casamento. E tudo indica que esse consultor foi Palocci.

A questão toda é a maneira como Palocci caiu nas boas graças do Pactual. Foi na época em que estava sendo negociado com o Goldman Sachs. O banco tinha pepinos de toda ordem junto à Receita. Tudo foi resolvido no Conselhinho da Fazenda, na época de Palocci Ministro.

Porque os jornalões não entram no tema central? Simples: porque alguns devem favores ao Pactual e outros querem parceria no futuro.

Com esses ingredientes, percebe-se um enorme jogo de hipocrisias de lado a lado. Dificilmente esses episódios serão aprofundados, porque aí se entra na seara da influência do Pactual. E nenhum jornalão vai escarafunchar onde seria necessário.

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