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    Ninguém quer comando do Barclays

    Jornais britânicos destacam recusas de executivos para comandar o banco britânico no centro do escândalo das taxas

    Ninguém quer comando do Barclays (Foto: Olivia Harris/Reuters)
    Luciane Macedo avatar
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    247 - Quem quer comandar um banco que está no centro de um escândalo e já concordou em desembolsar US$ 450 milhões para se livrar de processos criminais? Aparentemente, ninguém. Pelo menos é o que indicam, por ora, as recusas dos executivos convidados a assumir os postos de comando do Barclays, que está no centro do escândalo de manipulação das taxas interbancárias Libor e Euribor.

    Matérias publicadas pela imprensa britânica mostram que a crise de liderança no Barclays, iniciada com a demissão de três dos seus principais executivos, continua, enquanto as investigações prosseguem dos dois lados do Atlântico.

    Segundo o Sunday Times, vários dos principais acionistas do Barclays queriam que o vice presidente do banco, Michael Rake, fosse o novo presidente no lugar de Marcus Angius. Mas John Sutherland, diretor não-executivo e encarregado de liderar o processo de seleção, disse que Rake pediu para ser excluído da lista de candidatos. Já o Financial Times disse que três dos principais acionistas vetaram Rake, e defendem que o novo presidente deve vir de fora do Barclays.

    Outros possíveis candidatos a ocupar a presidência, diz o Sunday Times, incluem o presidente do grupo Pearson, Glen Moreno, e o barão Augustine O'Donnell, ex-secretário do gabinete de governo e ex-representante do Reino Unido no Fundo Monetário Internacional e no Banco Mundial. O Sunday Times assinalou que lorde O'Donnell é ainda candidato potencial a ser o próximo presidente do Banco da Inglaterra (BoE).

    O Sunday Telegraph afirmou que um outro convidado é Rich Ricci, executivo-chefe da divisão de investimentos do Barclays. Ele, no entanto, "teria dito a amigos" que não pretende ser o novo CEO, no lugar de Bob Diamond, e prefere continuar no cargo atual para restaurar a reputação do banco.

    As recusas para assumir os cargos vacantes de CEO e presidente do Barclays deixam o banco em situação ainda mais complicada, comenta o FT, já que vai ser difícil encontrar executivos de outros bancos que também não estejam implicados nas investigações ou cujas reputações não tenham sido arranhadas pelo escândalo.

    O Barclays já concordou em pagar US$ 450 milhões às autoridades reguladoras do setor financeiro do Reino Unido e dos EUA para não sofrer processos criminais por causa do escândalo de manipulação das taxas.

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