CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Economia

Número de endividados em risco quase triplicou durante governo Bolsonaro, aponta Banco Central

Diretor de Relacionamento do Banco Central destacou, em evento sobre superendividamento, que número de mutuários enfrentando "endividamento de risco" chegou a 12,2 milhões em junho

Paulo Guedes e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters/Adriano Machado | ABr | Pixabay)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central disse nesta quarta-feira que 12,2% dos tomadores de empréstimos de instituições financeiras autorizadas estão em situação de "endividamento de risco", com o número total de brasileiros nessa categoria tendo quase triplicado em relação a 2019.

Os dados mostram que mais consumidores enfrentam dificuldades para quitar dívidas em meio à expansão do acesso ao sistema financeiro proporcionada pelo salto no número de fintechs e pelos pagamentos digitais de auxílio durante a pandemia, que contribuíram para a bancarização.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Maurício Moura, diretor de Relacionamento do Banco Central, destacou durante um evento sobre superendividamento que o percentual de mutuários enfrentando "endividamento de risco" chegou a 12,2 milhões de pessoas em junho.

Em dezembro de 2019, eram 4,6 milhões, ou 5,4% do total, segundo estudo do BC.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Os tomadores entram na categoria de risco do BC se apresentarem pelo menos duas das seguintes situações: inadimplência superior a 90 dias, renda mensal disponível abaixo da linha da pobreza após o pagamento do serviço das dívidas, exposição simultânea a modalidades de crédito mais onerosas e comprometimento de mais de 50% da renda mensal com o pagamento do serviço das dívidas.

Os dados se somam a outros indicadores que destacam o crescente endividamento do consumidor brasileiro em meio a custos de empréstimos mais altos, depois que o BC elevou agressivamente a taxa de juros para 13,75%, do menor nível histórico de 2% em que estava em março de 2021, para combater a inflação no país.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva prometeu lançar um amplo programa de renegociação de dívidas de consumidores apoiado por garantias do governo para enfrentar um problema que começou a aparecer nos resultados de alguns bancos.

A inadimplência nos empréstimos com recursos livres para pessoas físicas e jurídicas aumentou para 4,2% em outubro, o maior nível em quase quatro anos.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

O Banco Central alertou recentemente para sua crescente preocupação com os efeitos da desaceleração da atividade econômica sobre os riscos de crédito no país, apontando para uma alta "relevante" dos riscos no financiamento às famílias neste ano.

Segundo os formuladores de política monetária, a capacidade de pagamento dos indivíduos piorou mesmo em meio a melhores indicadores econômicos e trabalhistas. Esse cenário tende a se tornar mais desafiador à medida que a economia nacional desacelera.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Economistas privados preveem que o Produto Interno Bruto do país crescerá 0,7% em 2023, após uma expansão de 2,8% este ano, de acordo com a pesquisa semanal Focus do BC.

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO