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Economia

O que está por trás da briga de Abílio com o Casino

Em breve, o scio francs do Po de Acar poder exercer o direito de comprar a totalidade do grupo brasileiro; por isso, o empresrio se aproximou do Carrefour e ganhou fora na negociao; ser bem sucedido?

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247_A sociedade entre Abílio Diniz, do Pão de Açúcar, e o Casino foi parar nos tribunais. O sócio francês entrou com um processo na Câmara Internacional de Comércio (ICC) contra o empresário brasileiro. O motivo? Uma suposta negociação entre o empresário brasileiro e o Carrefour sem que a outra parte tivesse conhecimento. O que parece ser uma trapalhada de Abílio Diniz tem todos os ingredientes para ser uma bem pensada estratégia. Até junho de 2012, os dois grupos precisam decidir o destino dessa união. O Casino, que tem 50% da rede varejista brasileira, pode exercer o seu direito de opção para adquirir o controle total do Pão de Açúcar. Mas será que Abílio ainda quer vender o negócio? É bem provável que essa negociação às escondidas nem tenha acontecido. O objetivo seria apenas que os interlocutores levassem essa fofoca de bastidor para a França. Por um simples motivo: provocar tensão na relação para recuperar a totalidade das ações ou, o que seria sua grande tacada, engordar ainda mais o seu valioso porquinho.

Na semana passada, Pão de Açúcar e Casino assinaram uma nota em conjunto afirmando que não existia qualquer conversa com o Carrefour para unir às operações no País. Por que Abílio Diniz não seguiria à risca o que foi acordado? Essa poderia ser uma estratégia dele para conseguir retomar o controle total do Pão de Açúcar, que hoje tem valor de mercado avaliado em R$ 16,3 bilhões e foi a oitava maior empresa em vendas da América Latina em 2010, com um total de US$ 19,2 bilhões (R$ 36,1 bilhões). Desde que o acordo foi assinado com o Casino, em 2005, o Pão de Açúcar se transformou em um colosso. Nesse período, adquiriu Casas Bahia e Ponto Frio em 2009, duas das principais e mais importantes marcas de eletroeletrônicos; e Assai em 2007, que permitiu ao Pão de Açúcar se aproximar do então líder Carrefour. A atual liderança do setor varejista, com quase 18% de participação, foi a consequência natural de todas essas compras.

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Com essa valorização, Abílio Diniz pode estar em busca, como diz a linguagem popular, de engordar o seu porquinho. Aos 74 anos, ele buscaria fechar o seu melhor negócio antes da definitiva aposentadoria. A provável aproximação com o Carrefour (que também pode ser um blefe) é apenas um simplório recado: temos condições de atrair um novo parceiro e não precisamos mais do Casino para ser grandes. Com isso, os sócios franceses correriam para fazer uma proposta muito maior e chegar a outro provável objetivo de Abílio: se a venda acontecer, que seja por um preço que não esteja em qualquer pré-avaliação.

O certo é que a história Pão de Açúcar-Casino está apenas no começo. A data inicial é o processo de arbitragem na ICC contra a família Diniz, aberto pelo sócio francês em 30 de maio. As primeiras palavras já mostram o que virá pela frente: o procedimento arbitral, cujos termos estão submetidos a obrigação de confidencialidade, tem por finalidade assegurar o perfeito cumprimento dos acordos de acionistas (Casino) e não recebi qualquer comunicação a respeito do pedido de arbitragem. Informo, também, que não descumpri qualquer disposição dos acordos de acionistas arquivados na Companhia (Abílio Diniz). Quando será o fim? Depende do desejo do filho do fundador Valentim dos Santos Diniz: ter mudado de ideia e querer todo o negócio de volta ou vender caro, muito caro.

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