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      Oito meses depois do golpe, indústria brasileira está bem pior do que antes

      A atividade industrial do Brasil atingiu em dezembro o patamar mais fraco em seis meses em meio a fortes quedas nos volumes de produção e no nível de emprego, de acordo com o Índice de Gerentes de Compras divulgado nesta segunda-feira; o resultado, eloquente, mostra quão falso era o discurso de que o golpe, com a chegada de Michel Temer e Henrique Meirelles ao poder, traria de volta a chamada "confiança" empresarial; a realidade mostra o oposto: devastação total de empregos, consumo em queda livre e indústria praticamente em extinção no Brasil

      A atividade industrial do Brasil atingiu em dezembro o patamar mais fraco em seis meses em meio a fortes quedas nos volumes de produção e no nível de emprego, de acordo com o Índice de Gerentes de Compras divulgado nesta segunda-feira; o resultado, eloquente, mostra quão falso era o discurso de que o golpe, com a chegada de Michel Temer e Henrique Meirelles ao poder, traria de volta a chamada "confiança" empresarial; a realidade mostra o oposto: devastação total de empregos, consumo em queda livre e indústria praticamente em extinção no Brasil (Foto: Leonardo Attuch)
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      Por Camila Moreira

      SÃO PAULO (Reuters) - A atividade industrial do Brasil atingiu em dezembro o patamar mais fraco em seis meses em meio a fortes quedas nos volumes de produção e no nível de emprego, de acordo com o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgado nesta segunda-feira.

      O IHS Markit informou que o PMI foi a 45,2 em dezembro de 46,2 em novembro, com a recessão econômica afetando com força a entrada de novos negócios e a produção e ampliando o cenário de retração do setor --leitura abaixo da marca de 50 aponta contração.

      Além da fragilidade econômica, a demanda fraca e as pressões competitivas levaram o nível de novos trabalhos a cair em dezembro com a maior força em seis meses. Os novos pedidos para exportação também apresentaram perdas.

      Isso levou a produção a cair pela taxa mais rápida desde junho, com reduções em todos os três subsetores pesquisados, sendo a mais acentuada entre os bens de capital.

      Esse cenário levou a mais cortes de empregos, chegando ao 22º mês de perdas, com destaque para os trabalhadores do setor de bens de capital.

      Já a inflação de custos chegou a um recorde de quatro meses em dezembro, levando a um aumento mais forte nos preços de venda. O enfraquecimento da moeda fez com os preços pagos por produtos importados aumentassem, ao mesmo tempo em que algumas empresas tentaram proteger as margens de lucro.

      "O cenário para 2017 parece adverso em meio a vários obstáculos significativos que a economia brasileira enfrenta, incluindo a deterioração do mercado de trabalho, o consumo fraco, cortes de orçamento, distúrbios políticos e demanda fraca nos mercados externos", apontou em nota a economista do IHS Markit Pollyanna De Lima.

      Em outubro, a produção industrial recuou 1,1 por cento sobre o mês anterior, no pior resultado para o mês desde 2013 e iniciando o quarto trimestre com mais fraqueza, de acordo com os dados do IBGE.

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