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Economia

'Papel dos bancos públicos é anticíclico', diz presidente da Caixa, que fala em reduzir juros: "política de concorrência"

Rita Serrano afirma que a taxa de juros mantida pelo Banco Central, atualmente de 13,75% ao ano, compromete o crescimento do país

Posse da nova presidente da Caixa, Maria Rita Serrano (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)
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247 - Presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, afirmou ao Valor Econômico que o papel dos bancos públicos é atuar com uma política “anticíclica” e que, neste aspecto, reduzir os juros cobrados pela instituição - dentro dos parâmetros de governança e precificação - é uma possibilidade.

Serrano é crítica da atual taxa de juros estabelecida pelo Banco Central, de 13,75% ao ano, e afirma que a autarquia descumpre premissas ao prejudicar o crescimento do Brasil. “Entendo que, dentro do BC, a política monetária tem premissas, como gerar empregos e desenvolver o país. É importante ter um olhar para a necessidade do país de reavaliar isso. É uma discussão complexa, mas a dificuldade de crescimento vai estar colocada”.

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A Selic nas alturas também prejudica diretamente a Caixa, afirmou a presidente do banco. “Com uma taxa de juros alta, uma das mais altas do mundo, você penaliza a Caixa, que é voltada para o desenvolvimento do país, e os clientes. Quando vou ofertar habitação, por exemplo, é mais cara com essa taxa de juros. Com essa taxa de juros, perco o funding de poupança, pois deixa de ser atrativo, e começo a ter problemas para fazer esses investimentos”.

Questionada sobre a possibilidade de a Caixa reduzir seus juros, Serrano não descartou a possibilidade, mas ponderou que nada que puder dar prejuízo à instituição será feito. “O papel dos bancos públicos, de fato, é fundamental atuar como política anticíclica. Os bancos públicos têm essa função, de contribuir no sentido da concorrência. A Caixa concorre no mercado e quando tem uma taxa de juros mais baixa, está concorrendo. O banco fez isso no passado dentro de uma política de precificação. De lá pra cá, as exigências e a fiscalização nas operações do banco são maiores, e não me parece que isso esteja colocado neste momento. O banco faz sua precificação e consegue baixar taxa de juros até o nível que vai concorrer ou que a operação se pague. Além disso, não pode fazer. Dentro de uma política de concorrência e anticíclica, é uma possibilidade, mas precisa seguir regras de governança e precificação. Nada que dê prejuízo para o banco será feito, mas dentro de uma política de concorrência, vale a concorrência. Não é isso que os liberais pregam? O mercado?”.

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