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Economia

Patrocinadoras se calam sobre corrupção da Globo

Embora seus códigos de ética proíbam apoio a entidades envolvidas em corrupção, empresas como Ambev, Itaú e Telefônica, patrocinadoras da CBF e do futebol na Globo, decidiram se calar sobre o escândalo das propinas no futebol; das três empresas contatadas pelo 247, Ambev e Telefônica informaram que não iriam se manifestar se cumpririam seu código de ética, e o Itaú não respondeu; para anunciarem nas transmissões de futebol deste ano, Itaú, Vivo, Brahma e outras marcas pagaram cotas de R$ 283 milhões por publicidade em pelo menos 95 partidas de competições como o Campeonato Brasileiro e as Eliminatórias para a Copa; para 2018, os pacotes comerciais da Globo para o futebol podem lhe render receitas de R$ 2,460 bilhões

Embora seus códigos de ética proíbam apoio a entidades envolvidas em corrupção, empresas como Ambev, Itaú e Telefônica, patrocinadoras da CBF e do futebol na Globo, decidiram se calar sobre o escândalo das propinas no futebol; das três empresas contatadas pelo 247, Ambev e Telefônica informaram que não iriam se manifestar se cumpririam seu código de ética, e o Itaú não respondeu; para anunciarem nas transmissões de futebol deste ano, Itaú, Vivo, Brahma e outras marcas pagaram cotas de R$ 283 milhões por publicidade em pelo menos 95 partidas de competições como o Campeonato Brasileiro e as Eliminatórias para a Copa; para 2018, os pacotes comerciais da Globo para o futebol podem lhe render receitas de R$ 2,460 bilhões (Foto: Aquiles Lins)
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247 - O envolvimento da Globo no pagamento de propina de R$ 50 milhões a dirigentes de futebol por direitos de transmissão de jogos como a Copa do Mundo, Libertadores e Sulamericana aparentemente não está incomodando os seus patrocinadores. 

Embora seus códigos de ética proíbam patrocínio financeiro a entidades envolvidas em corrupção, grandes empresas como Ambev, Itaú e Telefônica, patrocinadoras da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do futebol na Globo, decidiram se calar sobre o escândalo das propinas no futebol. 

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As três empresas foram contatadas pela reportagem do 247 para se posicionar acerca do cumprimento de seus códigos de ética e da suspensão dos patrocínios. Por meio de suas assessorias de imprensa, a Ambev e a Telefônica - por meio da assessoria de imprensa da Vivo - disseram que não iriam se manifestar sobre o assunto. Já o Itaú não respondeu ao contato.

Para anunciar nas transmissões de futebol deste ano, Itaú, Vivo, Brahma e outras marcas pagaram cotas de R$ 283 milhões por publicidade em pelo menos 95 partidas que envolverão o Brasileirão, a Copa Brasil, a Taça Libertadores da América e da Copa Sul-Americana, os campeonatos estaduais, os amistosos da seleção brasileira e as eliminatórias da Copa do Mundo.

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Como mostrou o 247 mais cedo, os pacotes comerciais lançados pela Globo para o futebol em 2018 podem lhe render receitas de R$ 2,460 bilhões. Para o próximo ano, a Globo lançou dois pacotes de publicidade. O pacote de Futebol 2018 – que engloba o Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Copa Libertadores da América, Campeonatos Estaduais, Copa-Sulamericana e Amistosos da Seleção Brasileira – contém seis cotas de patrocínio, com valor de tabela de R$ 230 milhões cada. Têm prioridade os atuais patrocinadores do futebol da Globo: Banco Itaú, Ambev (Brahma), Chevrolet, Johnson & Johnson, Ricardo Eletro e Vivo. Já para a Copa da Rússia, o plano comercial da Globo também contempla seis cotas de patrocínio, com valor de tabela de R$ 180 milhões cada. 

Delator entrega caminho da propina

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Em depoimento à Justiça dos Estados Unidos, o delator argentino Alejandro Burzaco detalhou como foi o procedimento utilizando pela Globo para o pagamento de propina para garantir os direitos de transmissão das Copas de 2026 e 2030. 

A ata do depoimento de Burzaco em seu segundo dia de depoimento, ocorrido nesta quarta-feira 15, foi obtida pela reportagem do 247 e mostra com clareza como dinheiro saiu do caixa da Globo e parou nas contas de Grondona. "Os direitos foram transmitidos à Teleglobo no Brasil. 

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Para isso, a T&T Netherlands recolheria da Teleglobo e usaria parte dos fundos da T&T Netherlands para pagar subornos", disse Burzaco. Ele afirma ainda que os direitos de transmissão foram negociados abaixo do valor real de mercado, justamente para que houvesse espaço para propinas.

Em seu depoimento, em que a Globo é citada 14 vezes, ele também detalha propinas pagas a José Maria Marin e Marco Polo del Nero, o ex e o atual presidente da Confederação Brasileira de Futebol. Só na Copa América de 2015, o equivalente a R$ 10 milhões teria sido pago à dupla e a Ricardo Teixeira, que os antecedeu no cargo. Marin é citado 32 vezes no documento desta quinta-feira 16 – Del Nero aparece em 41 citações.

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