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    Patrocínio da Copa virou negócio de risco

    Desgaste da imagem da Fifa e crítica aos investimentos oficiais em torno do evento, manifestados nas marchas estudantis em todo o País, respingam em patrocinadores da Copa de 2014, como o Itaú, a Oi e mais 18 companhias; risco de cancelamento, afastado pela Fifa, acrescentou elemento imponderável a um negócio de marketing que parecia fácil

    Patrocínio da Copa virou negócio de risco

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    247 – O que parecia uma aposta fácil para empresas ganharem em marketing, apesar dos altos custos envolvidos, tornou-se uma jogada de alto risco, com possibilidades de prejuízos ainda maiores que o dinheiro gasto. É nisso que está envolvido um grupo de 20 grandes empresas que patrocinam diretamente a Copa do Mundo de 2014 no Brasil. A oposição aos investimentos feitos pelo governo para receber a competição, manifestada nos protestos estudantis que se espalham pelo País, de saída tirou um pouco do brilho da associação direta com o evento, que de unanimidade passou a ser visto como polêmico.

    Mas há, mais que isso, o risco financeiro. O Banco Itaú foi o primeiro a se tornar patrocinador oficial do evento, assinando contrato com a Fifa ainda em 2009. Agora, no entanto, a Fifa vai sendo demonizada nas manifestação, e a entidade precisou expedir um comunicado oficial para afirmar que a Copa do Mundo de 2014 não está ameaçada de realização pelos protestos. Os investimentos biolionários em marketing feitos pelo banco podem não dar, em razão da reviravolta na situação, o retorno esperado em imagem. Acredita-se que o Itaú tenha investido até R$ 200 milhões para estar junto da Copa.

    Apesar da nota da Fifa, a Inglaterra já se ofereceu como "Plano B" para sediar o campeonato, como noticiou 247 com exclusividade. O certo é que, até que venha a ser dado o apito final no espetáculo futebolístico do próximo ano, a incerteza passou a ser mais um dos seus elementos.

    Ocorre que, em razão de protestos violentos como os que cercaram o jogo Brasil e México, em Fortaleza, na quarta-feira 21, a Fifa exprimiu, nos bastidores, preocupação até mesmo com a continuidade da própria Copa das Confederações.

    A loja de material esportivo Centauro foi a última empresa a se associar com a Copa, investindo R$ 100 milhões. A lista completa dos patrocinadores da Copa é a seguinte: Adidas, Coca-Cola, Hyundai/Kia, Emirates, Sony, Visa, Budweiser, Castrol, Continental, Johnson & Johnson, McDonald's, Oi, Seara e Yingli. Por último, vêm os apoiadores nacionais: Apex, Centauro, Garoto, Itaú, Liberty Seguros e Wise Up.

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