Pedro Celestino: a Embraer foi concebida para atender ao nosso mercado
Em entrevista à TV 247, o especialista em infraestrutura brasileira Pedro Celestino critica a entrega da Embraer à Boeing e diz que o desmonte das conquistas nacionais como a Petrobrás são um pisoteamento da história; assista
247 - O engenheiro e estudioso da infraestrutura brasileira, Pedro Celestino conversou sobre a venda da Embraer e o desmonte da Petrobrás. Celestino afirma que a Embraer foi criada para atender ao mercado nacional.
Pedro Celestino explica que a Embraer é a empresa brasileira de maior base tecnológica e que emprega 18 mil funcionários, sendo 7 mil engenheiros. Ele também diz que o que interessa na Embraer é o seu engajamento com a tecnologia. "O que é importante na Embraer é sua cabeça, é a sua capacitação tecnológica que é dada pelo conjunto dos profissionais especializados que nela trabalham".
Sobre o presidente Jair Bolsonaro intervir na venda da empresa, o engenheiro diz que "vai depender do desenrolar dos acontecimentos, das forças políticas em jogo no país e da percepção em relação à soberania nacional". Ele complementou dizendo que até agora o governo não mostrou uma linha de ações definida.
Celestino fez também críticas ao ministro da Economia, Paulo Guedes. "Eu acho a visão do Paulo Guedes uma visão caricata do neoliberalismo, porque significa nos remeter à condição de fornecedores de matéria-prima, nos remeter às condições das primeiras décadas do século passado. Não tem o menor compromisso com a indústria, com o desenvolvimento e com a engenharia".
O engenheiro lembrou do desmonte que a Petrobrás vem sofrendo e do regresso que esta ação causa. "Veja o que estão fazendo com a Petrobrás: querem tirar a Petrobrás do refino, querem tirá-la da petroquímica, querem tirá-la do transporte, da rede de oleodutos e gasodutos que nós temos. Para que? Para que sejamos pequenos produtores de óleo bruto e voltemos à década de 50 do século passado, quando éramos dependentes das multinacionais em petroquímicos".
Pedro Celestino concluiu dizendo que estes desmontes são um pisoteamento da história brasileira. "Não é possível que nós tenhamos ataques à nossa democracia e à direitos mínimos sociais inscritos na Constituição. É uma tarefa da sociedade resistir ao desmonte dessas conquistas. Não é possível que aceitemos passivamente a destruição das conquistas econômicas que nos transformaram em uma das 10 maiores economias do mundo. Não se pode pisotear a história".
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