Percentual de famílias com dívidas aumenta em fevereiro
O percentual de famílias brasileiras que relataram ter algum tipo de dívida alcançou 61,5% em fevereiro, um aumento de 1,4 ponto percentual em relação aos 60,1% observados em janeiro deste ano e 0,3 ponto percentual maior em relação a fevereiro do ano passado, quando o indicador alcançou 61,2% do total de famílias; os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), produzida mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC)
247 - O percentual de famílias brasileiras que relataram ter algum tipo de dívida alcançou 61,5% em fevereiro, um aumento de 1,4 ponto percentual em relação aos 60,1% observados em janeiro deste ano e 0,3 ponto percentual maior em relação a fevereiro do ano passado, quando o indicador alcançou 61,2% do total de famílias. Na comparação mensal é o segundo aumento consecutivo, alcançando o maior patamar desde dezembro de 2017. Os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), produzida mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Segundo Marianne Hanson, economista da instituição, "além da recuperação gradual do consumo das famílias, esperada para este ano, há um fator sazonal que deve ter influenciado neste resultado, que corresponde à incidência dos gastos extras de início de ano, ocasionando uma maior demanda por empréstimos". "Entretanto, houve uma redução no comprometimento médio de renda com o pagamento de dívidas, tanto na comparação mensal quanto na anual, refletindo condições ainda favoráveis de juros e prazos", disse.
O percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso também aumentou em fevereiro de 2019, na comparação com janeiro, ao passar de 22,9% para 23,1% do total. Houve diminuição, porém, do percentual de famílias inadimplentes em relação a fevereiro de 2018, que havia registrado 24,9% do total. O percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes também aumentou na comparação mensal, passando de 9,1% em janeiro para 9,2% do total em fevereiro de 2019. O indicador havia alcançado 9,7% em fevereiro de 2018.
Comprometimento com dívidas diminui
Entre as famílias com contas ou dívidas em atraso, o tempo médio de atraso foi de 64,9 dias em fevereiro de 2019 – estável em relação aos 64,9 dias de fevereiro de 2018. O tempo médio de comprometimento com dívidas entre as famílias endividadas foi de 6,8 meses, sendo que 26,2% delas estão comprometidas com dívidas até três meses; e 29,7%, por mais de um ano. Ainda entre as famílias endividadas, a parcela média da renda comprometida com dívidas diminuiu na comparação anual, passando de 29,4% em fevereiro de 2018 para 29,1% em fevereiro de 2019, e 19,5% delas afirmaram ter mais da metade de sua renda mensal comprometida com pagamento de dívidas.
Tipos de dívida: cartão segue na liderança
O cartão de crédito foi apontado em primeiro lugar como um dos principais tipos de dívida por 78,5% das famílias endividadas, seguido por carnês, para 13,9%, e, em terceiro, por financiamento de carro, para 9,8%. Para as famílias com renda até dez salários mínimos, cartão de crédito, por 78,8%, carnês, por 15,4%, e crédito pessoal, por 8,3%, foram os principais tipos de dívida apontados. Já para famílias com renda acima de dez salários mínimos, os principais tipos de dívida apontados em fevereiro de 2019 foram: cartão de crédito, para 77,4%, financiamento de carro, para 17,7%, e financiamento de casa, para 15,9%.
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