Pessimismo troca sinal de 123 mil novos empregos
Dados oficiais do Caged são mostrados com sinal contrário; adiantando linha dos jornais da quinta-feira 16, portais destacam queda de 41% na criação de empregos formais no País em setembro sobre agosto; acento mostra que resultado é o pior desde setembro de 2001, quando foram abertas 80 mil vagas; mas criação de 123.870 mil postos formais de trabalho no mês passado eleva soma de novos empregos este ano para 904 mil; meta de 1 milhão traçada pelo Ministério do Trabalho perto de ser batida; presidente Dilma Rousseff pode exibir criação de 6 milhões de vagas na gestão; de que lado você olha?
247 – Um tom de inegável pessimismo foi empregado, em uníssono, pelos portais para adiantar como os jornais de amanhã irão informar a respeito dos dados de emprego divulgados nesta quarta-feira 15 pelo Caged. Foram criadas 123.870 vagas de trabalho com carteira assinada em setembro sobre agosto, o que projeta a abertura de um milhão de postos de trabalho para o ano de 2014. A notícia, no entanto, foi vista com sinal contrário pela dobradinha Uol e G1, que preferiram destacar a queda de 41% em relação as vagas criadas em setembro do ano passado, o que configura o pior resultado desde setembro de 2001. O número de empregos continuou crescendo, mas em menor velocidade. A indústria também voltou a contratar, depois de cinco meses com números negativos (aí sim, houve queda no número de empregos do setor). A recuperação foi de 24.837 vagas em setembro.
- Criação de vagas com carteira cai 41% e é a pior desde setembro de 2001, titulou o Uol, sem linha fina.
O G1 acompanhou:
- Criação de empregos tem o pior setembro em 13 anos, e completou em letras menores: "Foram criadas 123 mil vagas com carteira assinada.
No ano, foram criados 904.913 novos postos de trabalho, 31,6% a menos do que nos nove primeiros meses de 2013 (1,323 milhão). Há três meses, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, revisou a meta de criação de novos postos de trabalho neste ano para 1 milhão. A meta anterior era de 1,3 milhão a 1,4 milhão de novas vagas. Nos quatro anos do governo Dilma, terão sido criados mais de 6 milhões de empregos.
Acredite-se ou não nos reflexos da crise financeira mundial no Brasil, o certo é que o saldo é amplamente positivo para um período de quatro anos bastante turbulentos no cenário global e com crescimento pequeno em todo o planeta. Que país do mundo poderia encerrar o ano com a criação de 1 milhão de novas vagas, dada a conjuntura internacional negativa? E como o Brasil consegue criar vagas no contexto de um PIB que vai encerrar o ano com variação positiva inferior a 1%? A razão é a política econômica do governo, que fez a opção declarada de realizar o ajustes sem repassar os custos para uma crise social. O centro da política, diz o governo, é preservar o emprego da população.
Também houve recuperação nas vendas do varejo, que aumentaram 1,1% em agosto sobre julho. No ano, a elevação é de 2,9% e, em doze meses, de 3,6%.
Abaixo, notícia da Agência Brasil sobre os novos dados do emprego:
Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil
A criação de empregos com carteira assinada – diferença entre contratações e demissões – atingiu, em setembro, o pior nível para o mês em 13 anos. Segundo dados divulgados há pouco pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, o país criou 123.785 empregos no mês passado, o menor número para meses de setembro desde 2001, quando foram gerados 80.028 postos de trabalho.
De janeiro a setembro deste ano, foram criados 904.913 empregos registrados em carteira, total mais baixo desde o início da série histórica do Ministério do Trabalho, em 2004. Em relação ao mesmo período do ano passado, a geração de emprego caiu 31,6%. De janeiro a setembro de 2013, havia sido criado 1,323 milhão de vagas.
No mês passado, o total de admissões somou 1.770.429, contra 1.646.644 demissões. Apesar do desempenho ruim na comparação com os outros anos, a geração de empregos em setembro atingiu o melhor nível desde fevereiro deste ano, quando haviam sido criados 260.823 postos de trabalho na série sem ajustes.
Os setores que mais ampliaram a oferta de vagas em setembro foram serviços (62,4 mil novas vagas), comércio (36,4 mil vagas) e indústria de transformação (24,8 mil vagas). Dois segmentos registraram queda nos postos de trabalho: indústria extrativa mineral (-455) e agropecuária (-8,9 mil), influenciada pelo fim da colheita da maior parte das safras.
Os estados que mais geraram empregos no mês passado foram Pernambuco (21,9 mil), Alagoas (13,7 mil), Rio de Janeiro (12,7 mil) e Paraná (11,5 mil). Por outro lado, quatro estados registraram mais demissões que contratações em setembro, com todos os resultados negativos na casa das dezenas ou das centenas: Acre (-90), Piauí (-401), Minas Gerais (-840) e Rondônia (-937).
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