Petrobras, Santander, Itaú, OGX... conheça as empresas que derretem no mercado

247_O ano está difícil para o investimento em ações. Empresas tradicionais em seus setores não conseguem refletir na bolsa o seu real valor. É o caso dos setores petrolífero e bancário. Das cinco maiores perdas de valor de mercado de 1º de janeiro a 13 de julho, quatro fazem parte desse grupo específico. Petrobras e OGX de um lado, Santander e Itaú Unibanco de outro valem R$ 121,5 bilhões a menos em 2011, segundo levantamento da Economática (veja tabela abaixo). Por que os investidores estão fugindo desses papéis?

Petrobras e OGX passam por problemas diferentes. A maior empresa do setor de petróleo no Brasil caiu na desconfiança do investidor desde a capitalização de R$ 120 bilhões realizada no ano passado. O dinheiro entrou no cofre da empresa mas ainda não conseguiu se multiplicar com as descobertas do pré-sal. Por isso, as ações, que recuam 14,3% no ano, estão com fraco desempenho. Já a OGX sofre com sua fase pré-operacional. Há três anos com capital aberto, a empresa de Eike Batista ainda não conseguiu extrair uma gota de óleo negro para mostrar para os investidores que o negócio é viável. Sem garantias, a ação, que cai 30,5% em 2011, virou uma aposta de risco.

O setor bancário reflete o pânico dos investidores com um novo mergulho da crise mundial. O receio vem desde 2008, quando os principais bancos americanos apresentaram problemas de solvência. Mesmo saudáveis no Brasil, Itaú Unibanco e Santander sofrem essas consequências. Com um detalhe: as duas instituições financeiras vêm de processos de fusão e ainda estão terminando de analisar os ganhos com a união. Além disso, o Santander está muito marcado pela sua matriz europeia. Com a crise no Continente, o banco espanhol no Brasil, que contribui com 25% dos resultados do Grupo, perde em dobro: se o desempenho lá fora piorar, o dinheiro para o salvamento virá da América do Sul.