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Economia

"Petrobras tem que pensar nos 200 milhões de brasileiros, e não apenas nos acionistas", diz Lula

Presidente concedeu entrevista ao SBT e criticou a distribuição exagerada de dividendos

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Fernando Frazão/Agência Brasil | REUTERS/Amanda Perobelli)
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247 – Em uma entrevista ao SBT Brasil, que será exibida nesta noite, às 19h45, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abordou a política de preços de combustíveis da Petrobras e criticou o mercado financeiro. Durante a entrevista, o jornalista Cesar Filho questionou a queda das ações na última sexta-feira, levantando a questão sobre a influência governamental nessa decisão. Lula reagiu, afirmando que a Petrobras não deve focar exclusivamente nos interesses dos acionistas, mas também nos interesses dos brasileiros.

"É muito engraçado. Às vezes, eu vejo notícias assim. 'Petrobras cresce 30%'. 'Petrobras bate recorde de produção de gasolina'. 'Petrobras bateu recorde de exportação de petróleo'. 'Petrobras bateu recorde de arrecadação'. E a gente não ganha nada com isso", lamentou o presidente.

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Lula ressaltou a importância de direcionar investimentos não apenas para os acionistas, mas para os 200 milhões de brasileiros que são donos ou sócios da empresa. Ele criticou a tentativa da Petrobras de distribuir R$ 80 bilhões em dividendos, em vez dos R$ 45 bilhões inicialmente previstos, observando que os recursos adicionais poderiam ser direcionados para investimentos em pesquisa, navios e sondas. "Tem que pensar o investimento e em 200 milhões de brasileiros que são donos ou sócios dessa empresa. O que não é correto é a Petrobras, que tinha que distribuir R$ 45 bilhões de dividendos, querer distribuir R$ 80 bilhões. E R$ 40 bilhões a mais que poderiam ter sido colocados para investimento, fazer mais pesquisa, mais navio, mais sonda... Não foi feito", afirmou.

Além disso, o presidente reiterou o compromisso do governo em reduzir os preços dos combustíveis, do gás de cozinha e do óleo diesel, enfatizando que não é razoável equiparar os preços internacionais, uma vez que o Brasil é autossuficiente na produção de petróleo.

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Lula também criticou veementemente o mercado financeiro, caracterizando-o como voraz e indiferente às necessidades da população. Ele questionou se o mercado realmente se importa com os milhões de pessoas que sofrem com a fome e com a falta de moradia digna.

Quanto à Petrobras, Lula ressaltou a importância da estatal em meio aos esforços de transição energética, enfatizando seu papel na busca por um mundo menos poluído. Ele destacou os esforços contínuos para privatizar a empresa e a relevância histórica da Petrobras desde sua fundação em 1953.

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