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Planalto planeja criar fundo para financiar setor de defesa por meio do BNDES

Novo fundo buscará estimular exportações do setor. Guerra na Ucrânia abriu oportunidade para novos fornecedores no mercado internacional

Luiz Inácio Lula da Silva e Aloizio Mercadante (Foto: ABR | Divulgação)

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247 - O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja uma iniciativa para financiar a indústria de defesa brasileira, por meio da criação de um fundo para o setor, que será gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo o jornalista Marcelo Godoy, do jornal O Estado de S. Paulo, o objetivo é financiar exportações da área, utilizando os contratos de vendas de armas como garantias para empréstimos, proporcionando uma fonte adicional de recursos para empresas estatais que atuam no setor, como a Emgepron e a Imbel, fora do orçamento federal, permitindo que os gastos com insumos e outros investimentos fiquem de fora dos limites previstos no arcabouço fiscal

De acordo com a reportagem, o Exército e a Marinha, juntamente com empresas da Base Industrial da Defesa, confirmaram a existência do plano para o fundo. A iniciativa envolverá os Ministérios da Defesa, Indústria e Comércio e Fazenda. O diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luis Gordon, confirmou a intenção de incluir a indústria bélica no plano de financiamento de exportações (Eximbank), conforme proposto pelo presidente da instituição de fomento, Aloizio Mercadante, por ocasião da sua posse.

Além de fortalecer a indústria de defesa, o novo fundo busca atender à aspiração do setor de obter uma parcela maior do orçamento, buscando chegar a 2% do PIB, em contraste com o 1,05% recebido em 2022. O financiamento de exportações é a principal aposta do fundo, com o lucro das vendas sendo utilizado para pagar os empréstimos do BNDES, que, por sua vez, seriam empregados na compra de insumos e no desenvolvimento das empresas do setor.

A escassez global de produtos de defesa, intensificada pela guerra na Ucrânia, abriu uma janela de oportunidades para a entrada de novos fornecedores no mercado internacional. O setor de defesa já representa 4,8% do PIB brasileiro e tem o potencial de expandir suas exportações, especialmente para o Oriente Médio, Sudeste Asiático e África.

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