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Economia

Por Guarulhos, só 17% dos R$ 16,2 bi são privados

Grupo OAS, da Bahia, avana na onda dos fundos de penso do Banco do Brasil, da Caixa Econmica Federal e da Petrobras, seus scios no Invepar; eles ficaro com mais de R$ 10 bi da conta espetada ontem na Bovespa; em Braslia, operadora argentina criticada

Por Guarulhos, só 17% dos R$ 16,2 bi são privados (Foto: Divulgação)
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247 – Dos R$ 16,213 bilhões ofertados pela concessão, por 20 anos, da operação do Aeroporto de Guarulhos, menos de R$ 3 bilhões sairão da conta de uma empresa privada brasileira – a empreiteira OAS, dona de uma fatia de 17,67% do consórcio Invepar, autor da proposta vitoriosa e desconcertante, que representou um ágio sobre o valor inicial do leilão de 373,5%. A companhia estatal de administração de aeroportos da África do Sul, a ACSA, tem outros 10% do consórcio e, assim, ficará com R$ 1,6 bilhão da conta espetada ontem na Bovespa. O restante, ou mais de R$ 11bilhões sairão dos cofres dos fundos de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (Previ), da Caixa Econômica Federal (Funcef) e da Petrobras (Petros), dois bancos públicos e uma companhia estatal. Em última análise, uma vez que é gerado por organizações estatais, pode-se dizer que o dinheiro a ser usado na compra do maior dos aeroportos brasileiros é, sim, público. Para reafirmar essa característica, o BNDES já estava autorizado a financiar até 90% do valor pago pela concessão, qualquer que viesse a ser.

O mercado também registra, vinte e quatro horas depois do primeiro leilão de privatização da era Dilma, que as companhias operadoras associadas aos consórcios vencedores estavam entre as mais fracas do lote. O caso mais emblemático é o de Brasília, onde a disputa foi lance a lance e o consórcio Engivx, cuja braço operacional é a argentina Corporación America, acabou pagando um ágio de 673,4% sobre o preço inicial, chegando aos R$ 4,501 bilhões. A Corporación Argentina já é famosa por dar lances ousados e, mais tarde, renegociar as condições de seus contratos. Foi assim na própria Argentina, onde a companhia acumulou dívidas de US$ 104 milhões com o governo, pelo não pagamento de royalties. Depois de muitas pressões, conseguiu ajustar seus contratos na administração do presidente Nestor Kirchner. Hoje, administra 35 terminais no país, que não é conhecido pela excelência de sua infraestrutura aeroportuária. Além deles, está no Equador (Guayaquil e Galápagos), no Uruguai (Montevidéu e Punta del Este), no Peru (cinco aeroportos do interior) na Armênia (Yerevan) e na Itália (Trapani), em pequena operação. Guarulhos será, de longe, sua maior operação.

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