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Economia

Por 'incerteza política', OCDE reduz PIB do Brasil para 1,2% em 2018

Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)  reduziu sua projeção para o crescimento do Brasil em 2018, devido às incertezas sobre a condução da economia nos próximos anos; fórum econômico apontou que o país deve crescer 1,2% em 2018, ante a previsão anterior de 2%; segundo a entidade, "o ritmo da recuperação no Brasil desacelerou em meio a considerável incerteza política sobre as políticas futuras" 

Por 'incerteza política', OCDE reduz PIB do Brasil para 1,2% em 2018 (Foto: Fabio Scremin/APPA)
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Reuters - A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) adotou um tom mais pessimista que o mercado sobre o desempenho do PIB brasileiro neste ano e promoveu uma forte redução em sua projeção para o crescimento do Brasil em 2018, devido às incertezas sobre a condução da economia nos próximos anos.

Em um relatório divulgado nesta quinta-feira, o fórum econômico apontou que o país deve crescer 1,2 por cento em 2018, apresentando uma forte queda em relação à previsão anterior de 2 por cento, feita há três meses.

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Segundo a entidade, "o ritmo da recuperação no Brasil desacelerou em meio a considerável incerteza política sobre as políticas futuras" além dos reflexos da recente greve dos caminhoneiros.

"As condições financeiras também se estreitaram um pouco, apesar das vulnerabilidades externas menores do que em muitas outras economias emergentes."

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"Reiniciar reformas, particularmente a da Previdência, ajudaria a melhorar a confiança e o gasto do setor privado, permitindo que o crescimento do PIB avance para cerca de 2,5 por cento em 2019", completa.

As estimativas da OCDE ficaram ainda menores do que o mostrado na pesquisa Focus, realizada semanalmente pelo Banco Central com mais de 100 economistas, que preveem um avanço da atividade econômica neste ano de 1,36 por cento, ante 1,4 por cento na semana anterior. 

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A OCDE também estima que o país crescerá 2,5 por cento em 2019, abaixo da projeção feita em maio de 2,8 por cento.

Na véspera, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, reforçou a necessidade de o Brasil seguir no caminho das reformas fiscais, destacadamente a da Previdência, devido ao aumento da despesas e defendeu uma maior abertura do mercado do país. 

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O Banco Central manteve na véspera a taxa de juros no seu piso histórico, de 6,5 por cento, mas apontou que pode subir a Selic à frente caso haja piora do quadro atual, conforme as incertezas ligadas às eleições vêm guiando uma escalada do dólar frente ao real. 

MENOR CRESCIMENTO GLOBAL

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O Brasil, no entanto, não foi o único que teve sua previsão econômica reduzida pela entidade, já que o relatório mostrou que a economia mundial está a caminho de crescer 3,7 por cento neste e no próximo ano, ante 3,6 por cento no ano anterior.

"A escalada das tensões comerciais, o aperto das condições financeiras nos mercados emergentes e os riscos políticos podem minar ainda mais o crescimento forte e sustentável a médio prazo em todo o mundo", destacou organização.

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A entidade também cortou as previsões de crescimento da Argentina e da Turquia, apontando que os dois países, além do Brasil, enfrentam problemas com o aumento dos juros nos EUA e a força do dólar norte-americano.

A prolongada disputa comercial entre a China e os Estados Unidos se intensificou novamente nesta semana, uma vez que a China impôs tarifas sobre 60 bilhões de dólares em produtos norte-americanos em retaliação à última rodada de tarifas dos EUA sobre produtos chineses. 

No dia anterior à divulgação do relatório, o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, afirmou que o acirramento da guerra comercial no mundo e o avanço de medidas protecionistas devem ter um impacto maior sobre os países emergentes e em desenvolvimento.

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