Presidente da Sete Brasil cobra defesa da indústria do petróleo
Luiz Eduardo Carneiro, presidente da empresa criada para fornecer sondas de perfuração do pré-sal para a Petrobras, diz que “a sociedade brasileira não pode permitir que um projeto de desenvolvimento dessa magnitude seja interrompido” pelo impacto da Lava Jato; “Postergar ou suspender esse processo, que cria empregos e gera riquezas para o país, só terá um prejudicado: o próprio Brasil”; investigada, a Sete Brasil acumula dívidas com estaleiros e deu início a um plano de reformulação para cumprir seus contratos
247 – A frente da Sete Brasil, uma das empresas mais prejudicadas pelo impacto da operação Lava Jato, Luiz Eduardo Carneiro sai em defesa da indústria do petróleo. Segundo ele, ‘postergar ou suspender esse processo de desenvolvimento, que cria empregos e gera riquezas para o país, só terá um prejudicado: o próprio Brasil’.
A companhia foi criada para fornecer sondas de perfuração do pré-sal para a Petrobras e agora negocia plano de reformulação com credores para cumprir contratos e manter parcerias com estaleiros.
Leia aqui o artigo de Carneiro sobre o assunto:
Compromisso com o conteúdo local
A indústria precisa continuar avançando para que o Brasil produza equipamentos que nos façam ser referência na exploração do pré-sal
A indústria do petróleo no Brasil tem atuado em um cenário extremamente sensível. Mesmo diante de uma série de investigações e de denúncias, o setor segue avançando nas áreas de exploração e produção, prioritariamente nos campos do pré-sal, que elevaram o país a um patamar compatível com o dos maiores produtores do mundo.
Em meio a esse ambiente instável, é essencial que se valorize a política industrial de incentivo ao conteúdo local, que já tem gerado uma série de impactos positivos para o Brasil e para os brasileiros.
Tivemos o privilégio de optar por um modelo de desenvolvimento e exploração econômica das reservas do pré-sal, que, segundo a Agência Internacional de Energia, farão do país um dos maiores produtores do mundo nas próximas décadas, com vultoso crescimento da atual produção de barris por dia.
A presidente Dilma Rousseff veio a público na semana passada defender a atual política de conteúdo local, falando, inclusive, em "maldição do petróleo". A decisão foi a de que o Brasil quer não apenas ser um país exportador de commodities mas também desenvolver um complexo industrial moderno, ágil e competitivo, capaz de fornecer bens e serviços para o setor petrolífero e colaborar para o aumento da geração e distribuição de riquezas.
A sociedade brasileira não pode permitir que um projeto de desenvolvimento dessa magnitude seja interrompido. A indústria do petróleo precisa continuar avançando na construção e consolidação de um parque industrial que produza, com eficiência e competitividade, os equipamentos necessários de maneira que a exploração do pré-sal brasileiro seja referência mundial.
Postergar ou suspender esse processo, que cria empregos e gera riquezas para o país, só terá um prejudicado: o próprio Brasil.
Àqueles ainda não convencidos dos benefícios da política industrial de conteúdo local, vale lembrar que o modelo mais bem-sucedido do mundo é o adotado pela Noruega, que se utilizou de suas reservas de petróleo para criar um polo industrial muito eficiente e reconhecido internacionalmente, com o propósito de garantir a conversão dos recursos naturais em benefícios permanentes para os noruegueses.
Isso é fazer que a riqueza do país seja utilizada para melhorar a qualidade de vida de seu povo por meio da geração de milhares de empregos, renda e tributos.
A política de conteúdo local foi amplamente discutida com a sociedade brasileira e já tem bons resultados para apresentar. Dados do Sindicato Nacional da Indústria de Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) revelam que o número de empregos gerados por estaleiros brasileiros foi sextuplicado nos últimos dez anos. Essa foi uma consequência direta e inequívoca da acertada decisão política do Brasil de estimular o conteúdo local na indústria do petróleo.
Nesse contexto, a Sete Brasil assume um papel de relevância ao atuar como fornecedora de serviços para a Petrobras. Por meio da construção e operação de sondas para a exploração do pré-sal --as únicas do mundo a atender aos requisitos de conteúdo local exigidos pela Agência Nacional do Petróleo--, a empresa vem viabilizando o surgimento e a recuperação de estaleiros capazes de fazer frente às necessidades do setor de óleo e gás.
Formada por investidores de longo prazo, como bancos privados, fundos de pensão e fundos de "private equity", além da Petrobras, a Sete Brasil está em meio a um amplo plano de reformulação de seu modelo de negócios, de modo a se adaptar ao novo cenário que se impõe no setor de petróleo. E seguirá atuando como geradora de riquezas para o Brasil e os brasileiros.
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