Presidente e vice do BB na mira dos minoritários

247 – Não bastasse a disputa de poder interna no Banco do Brasil – que pode até virar caso de polícia –, o presidente Aldemir Bendine tem de lidar, agora, com uma rebelião dos acionistas minoritários da instituição. A notícia está na coluna do jornalista Felipe Patury, da revista Época, e dá conta de que carta remetida ao presidente do Conselho de Administração do BB, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda Nelson Barbosa, questiona a promoção de Bendine a presidente do banco e de Paulo Caffarelli a vice-presidente de atacado. Motivo? A ausência de pareceres técnicos que justificassem as compras dos bancos Votorantim, Eurobank e Postal.

Leia a nota de Felipe Patury abaixo:

Às voltas com denúncias de corrupção e quebra de sigilo envolvendo dirigentes do Banco do Brasil (BB), o presidente da instituição, Aldemir Bendine, enfrenta agora uma rebelião dos acionistas minoritários. A presidente Dilma Rousseff recebeu uma carta na qual eles cobram explicações sobre essas denúncias e a ausência de pareceres técnicos que justificassem as compras dos bancos Votorantim, Eurobank e Postal. Originalmente remetida ao presidente do Conselho de Administração do BB, o secretário executivo do Ministério da Fazenda Nelson Barbosa, a carta questiona a promoção de Bendine a presidente do banco e de Paulo Caffarelli a vice-presidente de atacado. No texto, assinado pelo presidente da União Nacional dos Acionistas Minoritários do BB, Altair Castro, e por sua vice, Isa Noronha, atribuise a Bendine e a Caffarelli a responsabilidade pela incorporação do Votorantim, que registrou R$ 201 milhões em perdas em 2011. O documento alerta ainda para prejuízos futuros causados por essas operações e seus impactos no valor das ações e na confiança depositada no banco.