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Economia

Procurador 'decreta' o fim da exploração do pré-sal

Em entrevista à revista Época, o procurador Júlio Marcelo de Oliveira, que atua junto ao Tribunal de Contas da União, concedeu uma entrevista que espanta pela arrogância e pela tentativa de influir em temas que extrapolam sua competência; Oliveira é o procurador que tentou barrar acordos de leniência entre a Controladoria Geral da União e as empreiteiras e também impedir empréstimos do BNDES à empresa Sete Brasil; segundo ele, o banco deve ser impedido de emprestar porque o pré-sal é inviável; "hoje nem a Petrobras nem outra empresa vão explorar o pré-sal", diz ele; "se a exploração do pré-sal não é viável, a Sete Brasil vai construir sonda para quê?"; detalhe: a Petrobras já produz mais de 700 mil barris/dia no pré-sal e a Shell apostou mais de US$ 70 bilhões no pré-sal brasileiro

Em entrevista à revista Época, o procurador Júlio Marcelo de Oliveira, que atua junto ao Tribunal de Contas da União, concedeu uma entrevista que espanta pela arrogância e pela tentativa de influir em temas que extrapolam sua competência; Oliveira é o procurador que tentou barrar acordos de leniência entre a Controladoria Geral da União e as empreiteiras e também impedir empréstimos do BNDES à empresa Sete Brasil; segundo ele, o banco deve ser impedido de emprestar porque o pré-sal é inviável; "hoje nem a Petrobras nem outra empresa vão explorar o pré-sal", diz ele; "se a exploração do pré-sal não é viável, a Sete Brasil vai construir sonda para quê?"; detalhe: a Petrobras já produz mais de 700 mil barris/dia no pré-sal e a Shell apostou mais de US$ 70 bilhões no pré-sal brasileiro (Foto: Felipe L. Goncalves)
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247 - O procurador Júlio Marcelo e Oliveira, que atua junto ao Tribunal de Contas da União, concedeu uma entrevista espantosa neste fim de semana, à revista Época. Oliveira é o procurador que emitiu pareceres em série contra o governo federal. Um deles, contra as chamadas "pedaladas fiscais". Em outro tema, tentou impedir os acordos de leniência entre as empreiteiras e a Controladoria-Geral da União – o que significaria decretar a morte das empresas. E também é ele o responsável por iniciativas que visam impedir empréstimos do BNDES à empresa Sete Brasil, criada para construir sondas de perfuração para a Petrobras no Brasil.

É justamente nesse ponto que sua entrevista se torna mais chocante. O procurador, simplesmente, decreta a inviabilidade do pré-sal e defende a morte de uma empresa. Eis o que ele afirma:

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"A Sete Brasil se tornou iniviável. A empresa tem uma única cliente, que é a Petrobras. Quando o planejamento da Sete foi feito, o preço do barril de petróleo estava projetado a US$ 100. Agora, está abaixo de US$ 45. Dizem os analistas de mercado que o pré-sal só é viável quando o barril está entre US$ 50 e US$ 60. Ou seja, nem a Petrobras nem outra empresa vão explorar o pré-sal. A menos que o custo de exploração caia. Hoje, segundo os analistas de petróleo, é um negócio inviável. Se a exploração do petróleo não é viável, a Sete Brasil vai construir sonda para quê? Por que o BNDES emprestaria US$ 3,7 bilhões para essa companhia? Não estamos falando de milhões, não. Estamos falando de um crédito bilionário para uma empresa que, provavelmente, não terá sobrevida."

O ponto é que é a Petrobras já produz mais de 700 mil barris/dia no pré-sal. A Shell pagou mais de US$ 70 bilhões pelas operações do grupo BG no Brasil, apostando no pré-sal brasileiro. Além disso, e mais grave, o procurador usa informações erradas. A cotação do barril do petróleo já se aproxima de US$ 70 e, não por acaso, as ações da Petrobras já subiram mais de 60% desde o início de abril. No entanto, é ele quem se julga apto a decretar inviável o pré-sal e paralisar toda a cadeia de óleo e gás no Brasil.

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