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Economia

Produção industrial cai 2,1% em abril ante março

Veculos e mquinas e equipamentos puxaram a baixa. No acumulado do ano, houve alta de 1,6%

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A produção industrial brasileira recuou 2,1% em abril ante março na série com ajuste sazonal, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou abaixo do piso das expectativas dos analistas, que estimaram resultado entre uma queda de 0,60% e uma expansão de 1,50%. A mediana das previsões apontava taxa positiva de 0,20%. Na comparação com abril de 2010, a produção caiu 1,3% no mês passado. Neste caso, as estimativas variavam de um recuo de 0 80% a uma alta de 1,40%, com mediana positiva de 0,60%. Até o mês passado, a produção da indústria acumula alta de 1,6% no ano e aumento de 5,4% em 12 meses.

Dois segmentos foram os principais responsáveis pela queda de 2 1% na produção industrial de abril ante março, informou o IBGE. Veículos automotores (queda de 2,8%) e máquinas e equipamentos (baixa de 5,4%) foram as grandes influências negativas no índice, graças à queda na produção de automóveis e eletrodomésticos.

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Segundo o gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, André Luiz Macedo, o recuo é explicado pela desaceleração do ritmo de concessão de crédito, pelo aumento dos juros e pelo maior volume de importações. "No primeiro trimestre do ano, observamos uma diminuição no volume de importações frente ao último trimestre de 2010. Mas em abril houve um movimento contrário e observamos um aumento no volume de importações, o que pode ajudar a explicar a queda na produção do setor de bens de consumo duráveis", explicou Macedo.

Outra explicação para o recuo na produção industrial como um todo em abril seria uma elevada base de comparação, já que o índice alcançou seu ponto mais elevado na série histórica em março. "Além disso, março e abril tiveram a influência do efeito calendário. Março teve dois dias úteis a menos e abril teve um dia útil a menos, em comparação a iguais períodos do ano passado. Um dia a menos de trabalho influencia negativamente a produção", explicou.

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Acumulado do ano

Apesar do recuo de 2,1% em abril ante março, a produção industrial brasileira acumula alta de 1,6% no ano, com 18 dos 27 ramos industriais e todas as categorias de uso apontando expansão na produção no acumulado do ano. Entre as atividades, a de veículos automotores, com alta de 7,2%, manteve a liderança em termos de contribuição positiva sobre o índice geral, impulsionada pelos resultados positivos da maior parte dos produtos pesquisados no setor.

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Outros destaques foram verificados em indústria farmacêutica (8,1%), outros equipamentos de transporte (12,4%), equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, ópticos e outros (22,8%), minerais não metálicos (4,4%), indústrias extrativas (2,8%), refino de petróleo e produção de álcool (2,4%) e máquinas e equipamentos (1,9%). Por outro lado, os ramos de produtos têxteis (baixa de 11,6%), outros produtos químicos (queda de 3,9%), alimentos (recuo de 1 4%) e bebidas (queda de 3,0%) exerceram as principais pressões negativas sobre a média global da produção industrial.

Entre as categorias de uso, ainda no índice acumulado do primeiro quadrimestre do ano, o segmento de bens de capital (alta de 6,2%) teve a taxa mais elevada, seguido por bens de consumo duráveis (2,3%), ambos com expansão acima da média nacional (1,6%). O setor de bens intermediários apontou crescimento de 1,1% nos quatro primeiros meses de 2011, enquanto bens de consumo semi e não duráveis assinalou leve variação positiva, de 0,1%.

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Já a produção de bens de capital (máquinas e equipamentos) recuou 2,9% em abril ante março. Em relação a abril de 2010, houve leve alta de 0,1%. No acumulado de 2011, a produção de bens de capital cresceu 6,2% e, nos 12 meses encerrados em abril avançou 13,7%. De acordo com os dados do IBGE, a produção industrial, de forma geral, recuou 2,1% em abril ante março, na série com ajuste sazonal. Já o crescimento de março ante fevereiro foi revisto de 0,5% para 1,1%. O índice de média móvel trimestral da indústria, conforme os dados do instituto, fechou o mês de abril em alta de 0,3%, ante o aumento de 0,9% registrado no trimestre encerrado em março.

Recuo acentuado

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O recuo de 2,1% na produção industrial em abril ante março foi o mais acentuado desde dezembro de 2008, quando o índice registrou queda de 12,2%, segundo o IBGE. "É preciso lembrar que dezembro de 2008 era o auge da crise (econômica mundial)", disse o gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, André Luiz Machado.

Entre março e abril, 13 dos 27 ramos pesquisados registraram redução na produção, com destaque para a perda verificada em máquinas e equipamentos, de 5,4% em abril, após quatro meses de crescimento - período no qual acumulou expansão de 4,9%. Outras influências negativas relevantes foram verificadas em produtos de metal (baixa de 9,3%), veículos automotores (queda de 2,8%), alimentos (recuo de 2,4%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (baixa de 7,6%) e refino de petróleo e produção de álcool (queda de 1,4%). Entre as atividades que apresentaram alta da produção aparecem a farmacêutica (3,3%), a de indústrias extrativas (2,5%), a de fumo (20,6%), a metalurgia básica (1,4%), a de equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, ópticos e outros (6,6%) e a de outros produtos químicos (1,1%).

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Entre as categorias de uso, ainda na comparação com março, houve taxas negativas em todos os segmentos, sendo que bens de consumo duráveis (baixa de 10,1%) teve a queda mais acentuada, o que eliminou o avanço de 4,5% registrado em março. O setor de bens de capital, que recuou 2,9%, mostrou redução acima da média da indústria, após avançar 7,7% nos últimos três meses. Os segmentos produtores de bens de consumo semi e não duráveis (baixa de 1,5%) e de bens intermediários (queda de 0,6%) também apontaram índices negativos.

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