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Economia

Projeto atual da Petrobrás é promover a concorrência contra a Petrobrás

"Não há na história das grandes corporações projeto semelhante. O mercado conquistado é um ativo da empresa, é um VALOR que compõe seu patrimônio. Não cabe ao presidente da empresa agir contra o interesse da corporação que preside", lembra o economista André Motta Araujo

Petrobras vende participação em transportadora de gás (Foto: REUTERS/Sergio Moraes)
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Por André Motta Araujo, no GGN – O presidente da PETROBRAS lança novamente seu único projeto, o de criar concorrentes para dividir o mercado que a empresa conquistou em 66 anos de história, mega investimentos, muito trabalho e dedicação de seus engenheiros e trabalhadores, construindo refinarias do zero em charcos e matagais.

Não há na história das grandes corporações projeto semelhante. O mercado conquistado é um ativo da empresa, é um VALOR que compõe seu patrimônio. Não cabe ao presidente da empresa agir contra o interesse da corporação que preside.

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Pelas regras do capitalismo, das sociedades de capital aberto aqui e no resto do mundo, o CEO de uma empresa deve lealdade a companhia e não a outros interesses ou objetivos. Se é uma política de Estado diminuir o papel da PETROBRAS cabe esse projeto ao Ministro de Minas e Energia, ao CADE, à Agência Nacional de Petróleo e, de outro lado, cabe ao presidente da PETROBRAS defender a companhia que preside contra prejuízos que esse projeto de Governo causará à PETROBRAS. MAS jamais é papel do dirigente maior da empresa ajudar a desmontá-la, a desmanchar seus ativos e com isso a empresa perder valor em posições de mercado. Acionistas minoritários irão processar a empresa por jogar fora ativos que compõe seu valor de mercado. A PETROBRAS é alvo preferencial desse tipo de ação, já tem gente se preparando.

O presidente da PETROBRAS pretende agora dividir ou sair do mercado de gás, o mais promissor das novas formas de energia, isso depois de defender a venda de OITO das 13 refinarias da PETROBRAS. Neste último caso o prejuízo será imenso, não se trata apenas da venda de ativos físicos, ao vender refinarias que são únicas em cada região, a PETROBRAS dá de graça o mercado de combustíveis daquela região, mercado que hoje é da PETROBRAS. Ora, o mais valioso não é a refinaria em si, é o MERCADO que ela domina e que vale várias vezes o ativo físico da refinaria. Quando alguém vende uma padaria bem localizada, o valor maior não está no balcão e no forno, está na freguesia, uma padaria do mesmo tamanho em bairro despovoado vale muito menos. Então qual o motivo, do ponto de vista da empresa PETROBRAS, para se desfazer de refinarias dominantes em mercados estratégicos do País? Vai aumentar a concorrência, diz o presidente da PETROBRAS, sim e em que isso beneficia a PETROBRAS, não é sua função trabalhar para concorrentes.

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Leia a íntegra no GGN

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