Recessão se agrava na Espanha e bancos devem separar créditos podres
Banco central espanhol prev queda do PIB de 2% e desemprego em 24%; carteira podre dos bancos espanhis soma 175 bilhes de euros
247 – A Espanha que condena a decisão argentina de reestatizar a YPF deveria estar mais preocupada com a sua situação interna. Dados divulgados nesta segunda-feira pelo Banco da Espanha, equivalente ao nosso Banco Central, apontam agravamento da recessão. O PIB espanhol retrocedeu 0,4% no último trimestre e deve fechar o ano em queda de 2%. A previsão é de que o desemprego atinja 24% da população e praticamente 50% entre os mais jovens.
Neste contexto, empresas espanholas, como a Repsol, vinham drenando recursos de suas subsidiárias para arcar com maus resultados na matriz. O mesmo fenômeno ocorre também com companhias como a Telefônica.
Nenhuma situação é tão dramática, no entanto, como a dos bancos espanhóis, que carregam 175 bilhões em créditos podres – a inadimplência do setor bancário, em 8,1%, é a maior desde 1994. Espera-se que, nos próximos dias, o banco central espanhol anuncie um plano para separar as carteiras hipotecárias dos bancos tradicionais. Esta seria uma tentativa de evitar o contágio de bancos espanhóis, como Santander e BBVA, que são muito presentes na América Latina.
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