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      Reformas vão para segundo plano enquanto Pequim intervém no mercado de ações

      A China vinha dando grandes passos rumo à liberalização de sua infraestrutura financeira até que seu mercado de ações começou a despencar no mês passado, mas as tentativas de Pequim de deter a queda torpedearam suas metas de reforma uma após a outra

      A China vinha dando grandes passos rumo à liberalização de sua infraestrutura financeira até que seu mercado de ações começou a despencar no mês passado, mas as tentativas de Pequim de deter a queda torpedearam suas metas de reforma uma após a outra (Foto: Gisele Federicce)
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      XANGAI/HONG KONG (Reuters) - A China vinha dando grandes passos rumo à liberalização de sua infraestrutura financeira até que seu mercado de ações começou a despencar no mês passado, mas as tentativas de Pequim de deter a queda torpedearam suas metas de reforma uma após a outra.

      À medida que a China afrouxava as rédeas de sua economia, seus líderes almejaram fomentar o capital estrangeiro, internacionalizar sua moeda e permitir que os mercados alocassem capital de maneira mais eficiente do que aquela conduzida pelos bancos estatais e pela supervisão governamental.

      Adotado em 2013, o compromisso de dar aos mercados um papel decisivo no estabelecimento dos preços dos ativos agora parece frágil à luz da intervenção inédita na operação de seus mercados de ações, que caíram 30 por cento desde meados de junho.

      "O resultado mais provável destas tentativas desesperadas de restaurar a credibilidade é, de fato, uma deterioração na credibilidade do compromisso do governo com as reformas e em sua capacidade de executá-las", escreveu Andrew Batson, analista da consultoria Gavekal Dragonomics em Pequim.

      O primeiro item da pauta do órgão regulador chinês em uma apresentação de março foi uma reforma nos processos de ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês), com o qual as empresas obtêm capital lançando ações na bolsa.

      Essa meta foi alvo da onda de políticas anunciadas por Pequim durante o final de semana. As empresas foram instruídas a desistir de lançar ações na bolsa, já que os IPOs sugam a liquidez do sistema e competem por capital com ações já existentes.

      O objetivo chinês de tornar seu setor financeiro mais robusto e eficiente também desmoronou – as corretoras, que azeitam as engrenagens do mercado e pretendiam ampliar os serviços e produtos que oferecem aos clientes, foram acionadas para ajudar Pequim a curvar o mercado à sua vontade.

      (Por Pete Sweeney e Michelle Price)

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