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Economia

Revisando o orçamento

A manutenção de um planejamento orçamentário alinhado à realidade empresarial propicia uma tomada de decisão mais rápida, correta e dentro do prazo necessário

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Em tempos difíceis, medidas de austeridade e corte de gastos na maioria das empresas se faz necessário. As alterações do cenário econômico, como a queda na confiança do empresariado sobre as perspectivas de crescimento alteram os ânimos sobre o volume do caixa destinado aos investimentos.

Para alguns, é hora de olhar para dentro do negócio e extrair retornos mais eficientes de processos que já estão estabelecidos. Para outras empresas, é um momento apenas de adiar o que estava planejado, reforçando o capital disponível no caixa da empresa para a passagem da tempestade.

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E claro, sempre temos as empresas mais arrojadas, que bancam investimentos apesar de todas as variáveis irem contra a injeção de capital. De positivo, e esta é a aposta, é que quando o ciclo de baixa da economia passar, elas serão as primeiras e mais bem preparadas para atender ao ciclo crescente, recuperando rapidamente seus lucros.

A expansão de linhas de produção acaba sendo substituída pela revisão das bases orçamentárias. As premissas utilizadas no inicio do planejamento acabam, quase via de regra, realinhadas, redimensionadas. Caso o caixa da empresa encontre-se abaixo do planejado, um contingenciamento é iniciado.

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Porém, isso só é possível se o empresário tiver consciência da necessidade de organizar sua empresa a fim de tê-la em números exatos. Significa dizer que o empresariado brasileiro precisa se acostumar a planejar, a realizar orçamentos financeiros em sua empresa, para que, em momentos difíceis, tenham em mãos os números de gastos importantes de sua companhia.

A manutenção de um planejamento orçamentário alinhado à realidade empresarial propicia uma tomada de decisão mais rápida, correta e dentro do prazo necessário. Empresas se descuidam de contas banais, como energia elétrica, telefone, custeio de alimentação e transporte. Quando percebidas, esvaíram-se milhares de reais indispensáveis a correta manutenção do negócio.

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Pensando desta forma, faz necessário então, que em tempos de crise, priorizemos de curto prazo as despesas cotidianas, que possuem margens sempre boas para cortes. Mesmo que olhadas por cima e apresentem volumes pequenos, observe o seu comportamento ao longo dos anos, para que, o irrisório hoje, não seja o rombo financeiro amanhã.

As contas de despesas financeiras, como juros a bancos, despesas de boletos, manutenção de conta, tarifas bancárias e outras também merecem um raio x detalhado, e comparado junto aos outros players do mercado. Peça e compare as propostas de outros bancos para cuidarem de sua conta Pessoa Jurídica. Há diferenças exorbitantes em que se podem amealhar alguns reais.

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Demissões e corte de pessoal devem ser analisados com muita frieza, uma vez que, a reposição profissional será muito difícil, e em algum momento, a atividade empresarial voltará a sua rotina normal, portanto, demitir para contratar depois de dois meses gera um prejuízo substancial.

Em geral, a demissão apenas é "revertida" e mostra ganhos após 6 meses. Significa dizer que, a despesa efetivada numa demissão sem justa causa só será paga depois de 6 meses sem aquele gasto com o colaborador demitido. Esta base não leva em conta o tempo de treinamento de um novo funcionário nem o retorno ao ganho de produtividade que o antigo ocupante do cargo entregaria. Por isso, pense muito antes de reduzir quadros de funcionários.

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Contas de transporte, aluguéis e comunicação precisam ser avaliadas quanto aos seus retornos sobre as atividades empresarias. Deve-se ponderar o quão eficientes são suas entregas, e se o capital alocado ali, não poderia retornar ganhos crescentes.

Estudar e melhorar os procedimentos administrativos, revisar processos e reescrever rotinas, tomam um pouco mais de tempo, mas são indispensáveis no médio prazo para melhorar os ganhos de escala. São partes integrantes de um choque de gestão.

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Em busca de algum material que pudesse servir e comprovar os ganhos de eficiência proporcionados pela utilização de bases orçamentárias e de planejamento, lembrei das escritas do livro "Sonho Grande", escrito por Cristiane Correa, que conta brevemente a história de sucesso do trio Jorge Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira.

O trio, mais conhecido por todos devidos as recentes aquisições de cervejarias e empresas de fast food, exemplificam a força de um controle orçamentário rígido, a necessidade de não se perder o foco no negócio e como um planejamento econômico pode melhorar a saúde financeira das empresas. A simplicidade não deve ser jamais substituída por imbróglios financistas.

Dentro de suas duzentos e poucas páginas,o livro traz ensinamentos que podem e devem ser aplicados a empresas de todos os portes, todos os ramos, independente da localidade. A principal ideia é a conscientização sobre o controle financeiro das operações, e a necessidade de sempre agregar gente eficiente na operação do negocio.

Enfim, em tempos que exigem um replanejamento, é chegada a hora de se debruçar sobre os números e extrair soluções que aliviem o caixa da empresa. Boa leitura.

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