TV 247 logo
      HOME > Economia

      Robson Andrade, presidente da CNI: “Foi eleita, tem de respeitar”

      "A indústria não é boba. Sabe que um golpe geraria mais instabilidade e, portanto, mais prejuízo para suas empresas", diz Miguel do Rosário, ao comentar a entrevista em que Robson Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria, condenou eventual impeachment da presidente Rousseff

      Brasília, 17 de novembro de 2010 Coletiva do Pres. da CNI Robson Braga de Andrade . Foto: Miguel Angelo/CNI (Foto: Leonardo Attuch)
      Leonardo Attuch avatar
      Conteúdo postado por:

      Por Miguel do Rosário, no Tijolaço

      Aí está a razão do golpe ter minguado.

      A indústria, os movimentos sociais e, por fim, a Globo (acuada), decidiram se alinhar contra o impeachment.

      A indústria não é boba. Sabe que um golpe geraria mais instabilidade e, portanto, mais prejuízo para suas empresas.

      Os movimentos sociais também não são bobos. Tem mil críticas à Dilma, ao ajuste do Levy, à Agenda Brasil de Renan, mas querem exercer o seu direito de criticar e lutar por mudanças dentro do marco da democracia.

      Por fim a Globo, isolada, com medo de repetir o erro histórico de ter apoiado o golpe de 64, decidiu recuar, deixando seus próprios colunistas e editores, como Merval, com a brocha na mão.

      Abaixo, um breve histórico sobre os movimentos do empresariado contra o impeachment.

      Primeiro foi a nota contundente da Fiesp/Firjan, as duas federações patronais mais poderosas do país, em favor da “governabilidade”, ou seja, contra o impeachment.

      Ontem, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em entrevista à Folha, reforçou a mensagem.

      Indagado se apoiava o impeachment, Andrade responde enfaticamente, sem titubear: “Não sou a favor.”

      Em vários trechos da entrevista, Andrade deixa bem claro que defende o respeito ao voto, à presidente, às instituições e à governabilidade.

      Destaco um trecho:

      “Escolhemos em outubro a liderança que gostaríamos de ter, mas escolhemos em cima de um programa de governo em que acreditávamos, de gestão, de crescimento. (…) Temos agora de ajudar a construir um país diferente. As instituições têm de ser respeitadas. Foi eleita, tem de respeitar e ajudar a construir o país dentro do sistema político que temos, com a liderança que escolhemos. ”

      Para quem souber espanhol, vale a pena ler matéria do jornal argentino Página 12, mencionando o apoio empresarial e sindical à presidenta Dilma.

      ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.

      ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

      iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

      Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: