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Economia

Segunda sangrenta para as bolsas no mundo: Ibovespa -8,08%

No primeiro dia aps o corte na nota de risco dos EUA, mercados de aes globais desabam com fora; nenhuma ao da bolsa brasileira terminou o dia com ganhos; Marfrig foi a empresa que mais perdeu; Vale e Petrobras recuam mais de 7,9%

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247_A bolsa brasileira viveu o seu pior dia desde 22 de outubro de 2008, quando o banco de investimento americano Lehman Brothers quebrou e mostrou ao mundo a gravidade da crise econômica global que teria que ser enfrentada. Nesta segunda-feira 8, o Ibovespa fechou em baixa de 8,08% aos 48.668 pontos. Petrobras e Vale, as duas ações mais importantes da BM&FBovespa, perderam R$ 42 bilhões em valor de mercado. As empresas do Grupo EBX, de Eike Batista, viram desaparecer R$ 7,2 bilhões (leia reportagem aqui). Como há três anos, a data de 08 de agosto ficará marcada como o primeiro dia de negociações com ações após a agência Standard & Poors (S&P 500) cortar um ponto da nota de classificação de risco dos EUA, de AAA para AA+. Isso significa que os títulos da dívida americana deixaram de ser o porto seguro do mundo. E os investidores correram para acertar suas aplicações.

No Brasil, o comportamento do Ibovespa foi irregular ao longo do dia. O índice abriu com forte queda e foi desabando, em um movimento parecido com uma avalanche: não havia como parar nem o que segurava a queda. No meio da tarde, a bolsa chegou a se aproximar de uma perda de 10% (9,73% aos 47.793 pontos), o que apavorou os investidores. Ao atingir essa nível de queda, a BM&FBovespa seria obrigada a realizar uma parada técnica, chamada de circuit breaker, que serve para acalmar os ânimos durante 30 minutos para reavaliar as condições de continuar com as negociações. Mas não foi preciso acionar o sino de emergência, embora a bolsa esteja pedindo socorro.

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O desastre atingiu todas as ações que compõe o Ibovespa. Nenhuma encerrou a segunda-feira em alta. A Usiminas foi o papel que menos caiu, em -0,9%. Abaixo dela, mais de 60 empresas sofreram e viram o valor de mercado diminuir rapidamente. Só a Petrobras, que registrou -7,9%, perdeu R$ 21,8 bilhões. A Vale, com -9,5%, viu sumir R$ 20,8 bilhões. Mas frigorífico Marfrig amargou, pelo terceiro pregão seguido, a lanterna do dia, com -24,8%. Completam o ranking dos piores resultados OGX e LLX, do empresário Eike Batista, -16,3% e -14,6%, respectivamente. Para o investidor que vê seu patrimônio se dissolver tão rapidamente, o importante é ter calma, mesmo neste momento de pânico global. Saiba o que fazer com as dicas da segunda edição da revista Seu Dinheiro 247 (clique aqui).

Antes do fechamento da bolsa brasileira, no meio da tarde pelo horário de Brasília, a Europa já tinha demonstrado toda a preocupação com uma nova crise financeira global: França -4,68%, Alemanha -5,02%, Inglaterra -3,39% e Espanha -2,44%. Foi a sétima queda consecutiva dos mercados europeus. Nos mercados americanos, a situação não foi diferente e os principais índices do coração financeiro do mundo demonstraram que os próximos dias serão de apreensão. Nasdaq -6,9%, S&P 500 -6,6% e Dow Jones -5,5%.

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Nos próximos dias, a perspectiva é que as bolsas mundiais continuem tensas e repitam o péssimo desempenho desta segunda-feira, que foi o dia mais negro para os mercados globais de ações desde outubro de 2008. É possível que a S&P, que foi muito criticada por governantes, economistas e analistas, reavalie a nota de classificação de risco de alguns países europeus, o que pode aumentar a tensão global. O ouro fechou cotado a US$ 1,7 mil a onça-troy (unidade de medida do metal) e bateu novo recorde. Esse é mais um indício de que a fuga do risco é iminente.

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