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Economia

Sem medo da cara da crise, Copom corta juro em 0,5%

Comit de Poltica Monetria rebaixa taxa Selic para 10,5% ao ano; h quem tenha achado o gesto "tmido", mas manuteno da trajetria de queda dado positivo

Sem medo da cara da crise, Copom corta juro em 0,5% (Foto: Divulgação )
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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu hoje, por unanimidade, cortar a taxa Selic em 0,5 ponto porcentual para 10,5% ao ano. Com isso, manteve o ritmo de queda do juro básico da economia iniciado em agosto, quando a taxa havia sido reduzida em 0,5 ponto porcentual.

A decisão de hoje ficou em linha com a previsão da maior parte dos analistas financeiros. De acordo com levantamento do AE Projeções, serviço da Agência Estado, de 80 instituições financeiras consultadas, 79 esperavam uma queda de 0,5 ponto porcentual, e uma apostava em corte de 0,25 ponto porcentual.

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A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 06 e 07 de março. A ata da reunião de hoje será divulgada pelo BC na quinta-feira da próxima semana, dia 26 de janeiro.

Banco do Brasil acompanha corte

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Seguindo a redução dos juros básicos da economia anunciada hoje, o Banco do Brasil também vai reduzir suas taxas a partir de amanhã, de acordo com comunicado do banco à imprensa. A redução ocorre nas linhas de pessoa física e jurídica.

Na pessoa física, por exemplo, considerando o juro máximo cobrado no cheque especial, a taxa caiu de 8,41% ao mês para 8 37%. No financiamento para a compra de material de construção, o juro baixou de 2,34% para 2,30%.

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O Banco Central anunciou a decisão do Comitê de Política Monetária(Copom) de reduzir em 0,5 ponto, para 10,50%, a taxa básica de juros. É a quarta redução consecutiva de taxas promovidas pelo BB desde julho, acompanhando as quatro últimas reuniões do Copom, segundo o comunicado.

Caixa também reduz

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A Caixa Econômica Federal anunciou hoje, depois de o Banco Central decidir pela nova Selic de 10,5% ao ano, que vai reduzir as taxas de juros em suas linhas de crédito para consumidor e empresas. Além disso, a Caixa anunciou que vai oferecer R$ 40 bilhões para as micro e pequena empresas este ano, o que significa alta de 20% em relação a 2011.

Em nota à imprensa, a Caixa informa que está diminuindo os juros em até 28,3 pontos porcentuais ao ano para Pessoa Física e em até 1 ponto porcentual ao ano para Pessoa Jurídica. "O movimento de redução nas taxas de juros é importante, pois proporciona o aumento do crédito, contribuindo para a manutenção dos níveis de produção de emprego e renda", afirma o vice-presidente de Finanças e Mercado de Capitais da Caixa, Márcio Percival, em nota.

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No segmento de crédito à Pessoa Física, foram reduzidos os juros de linhas como a do cheque especial, com corte de 0,4 pp ao ano (nova taxa mínima de 1,35% ao mês); consignação, com redução de 0,5 pp ao ano na taxa mínima e crédito pessoal IR, com redução de até 3,3 pp ao ano (2,82% ao mês). A Caixa também reduziu, em até 28,3 pp ao ano, as taxas em algumas variantes de cartão de crédito (rotativo e parcelado com juros) e em 0,2 pp ao ano no CDC Sênior.

Para o segmento de micro e pequenas empresas, a redução envolve linhas como a crédito especial empresa, garantia FGO (Fundo de Garantia de Operações), com redução de 0,7 pp ao ano (nova taxa mínima de 1,47% a.m.); e financiamento de capital de giro, com redução de 1,0 pp ao ano (taxa mínima de 2,62% a.m.).

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As reduções serão aplicadas também no segmento de "Média e Grande Empresa", abrangendo linhas como as de financiamento de capital de giro parcelado, financiamento para investimentos em máquinas e equipamentos; e financiamento de veículos novos.

Fiesp vê timidez

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) considerou "tímida" a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, de cortar em 0,5 ponto porcentual a taxa Selic, para 10,50% ao ano. Segundo a Federação, " diante da crise financeira europeia e suas consequências globais, há espaço para uma queda ainda mais acentuada dos juros".

"A crise está provocando uma queda no valor internacional das commodities e reduzindo a demanda geral por produtos. Isso gera uma menor pressão sobre os preços. Então está claro que, no Brasil, não teremos pressão da inflação e que, portanto, temos espaço para baixar os juros", diz a nota da Fiesp, assinada por seu presidente, Paulo Skaf. "Juros menores vão ajudar a produção a geração de empregos e o desenvolvimento do nosso país."

A direção nacional da Força Sindical considerou "tímida e insuficiente para animar o setor produtivo" a redução de 0,50 ponto porcentual da taxa Selic.

Em nota assinada pelo presidente da entidade, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, a Força lembrou que "o baixo desempenho da economia é resultado da política econômica, que tem mantido os juros em patamares proibitivos para o setor produtivo".

"O Copom perdeu uma ótima oportunidade, neste início de ano, de sinalizar positivamente para o setor produtivo, gerador de emprego e renda, sobre a importância de a economia ser estimulada", afirma nota da Força Sindical.

CNI

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avaliou que o novo corte de 0,50 ponto porcentual na taxa básica de juros, a Selic, anunciado hoje pelo Copom, veio em linha com as avaliações da entidade sobre o desaquecimento da atividade econômica e a tendência de convergência da inflação para o centro da meta, de 4,5%. No entanto, a CNI destaca que o corte "ainda mantém os juros brasileiros acima dos padrões internacionais, evidenciando a existência de espaço para novas reduções".

"O ambiente internacional de dificuldades das economias europeias continua gerando incertezas e restrição de crédito, o que justifica a atenção do Banco Central brasileiro com a liquidez e o custo do dinheiro no País. A CNI considera ser necessário dar continuidade ao ciclo de redução dos juros, de modo a atenuar os efeitos da baixa atividade mundial na economia brasileira e evitar novo movimento de valorização cambial", diz a nota da CNI.

A entidade defende rigor na execução do orçamento de 2012, com o contingenciamento de despesas para assegurar o cumprimento da meta fiscal. Mas, destaca, que essa ação "não pode comprometer o cronograma dos investimentos prioritários para a melhoria da infraestrutura e indispensáveis ao crescimento".

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