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      Senado dos EUA diz que HSBC possibilitou transações de terroristas

      Relatório aponta que a instituição ignorou, durante anos, alertas de que as operações de filiadas estavam sendo usadas para lavagem de dinheiro e possivelmente para financiar cartéis de drogas e criminosos

      Senado dos EUA diz que HSBC possibilitou transações de terroristas (Foto: Divulgação)
      Roberta Namour avatar
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      247 – A HSBC Holdings PLC ignorou, durante anos, alertas de que as operações estrangeiras do banco britânico estavam sendo usadas para lavagem de dinheiro e possivelmente para financiar terroristas, segundo uma investigação do Senado dos Estados Unidos.

      Filiadas do HSBC pelo mundo possibilitou a terroristas, cartéis de drogas e criminosos acesso ao sistema financeiro dos EUA, afirmou o Subcomitê Permanente de Investigações em um relatório 400 páginas. O banco teria desenvolvido uma cultura em que alguns executivos adotavam comportamento de risco em busca de lucros.

      O relatório afirma que o HSBC pouco fez para limpar as operações que deveriam ter levantado preocupações, inclusive seu banco no México. Esse banco tinha uma agência nas Ilhas Cayman sem escritório nem empregados, mas que tinha 50.000 contas de clientes e US$ 2,1 bilhões em 2008, diz o relatório.

      A operação mexicana, alegam os investigadores do Senado no relatório, deveria ter sido a mais preocupante do banco multinacional porque ele continuou fazendo negócios com casas de câmbio. Essas casas foram citadas por autoridades americanas como sendo fachadas para a lavagem de dinheiro do cartel das drogas, e o HSBC fez negócios com elas durante anos depois que outros bancos pararam de fazê-lo.

      Em 2008, enquanto se preparava para deixar o banco, o executivo do HSBC encarregado de supervisionar os riscos de lavagem de dinheiro no México disse a um funcionário do setor de "compliance", ou cumprimento de regras, do escritório do HSBC em Londres que ele acreditava que havia "uma cultura [de] perseguir lucros e metas a qualquer custo" e que "era só uma questão de tempo para que o banco tivesse de enfrentar sanções penais", constataram os investigadores do Senado americano. (Com informações da Bloomberg e do WSJ)

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