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Economia

Simetrias econômicas

Cabe ao governo o desafio, nesta quadra da história, comprovar que a crise é cíclica e que o Brasil terá condições de superá-la

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A globalização provocou um fenômeno chamado assimetria, o qual demonstra as diferenças entre países ditos desenvolvidos e aqueles em via de desenvolvimento.

No entanto, com a inclusão da crise, o fenômeno passa a ser de simetria, na medida em que, não só no primeiro mundo, mas também nos países periféricos, inclusive América Latina, dados recentes configuram o início da recessão.

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Houve substancial aumento do número de títulos protestados, quase 20% em relação ao mesmo período anterior, o resfriamento da indústria, o crescimento econômico aquém das expectativas do trimestre, o varejo em sinal de alerta e as bolsas de valores querendo chegar aos 60 mil pontos.

O Governo reputa que o problema central estaria em 3 vertentes: juros, câmbio e impostos.

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Com relação aos juros, os bancos públicos incrementaram políticas, as quais não podem ser isoladas, de refrear os lucros da concorrência privada, porém, nada indica que este fator fará diferença no crescimento.

No tocante ao câmbio, tudo leva a crer que até o final do ano poderemos chegar a R$ 2,00 para US$ 1, o que aliviaria as empresas importadoras e refrearia as importações que concorrem fortemente no mercado interno.

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Ponto crucial, os impostos não receberão reforma, quebra de receita, ou arrecadação, uma vez que o alto custo da máquina administrativa emperra qualquer tentativa de convencer o Governo a uma carga tributária mais justa.

Apesar de tudo, continuam os bancos experimentando lucros nas nuvens, receitas de causar inveja, o mesmo acontecendo em termos de arrecadação tributária.

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Quando num país os lucros se reservam aos bancos e ao Governo, singularmente a uma crise e a iniciativa privada, e toda a cadeia produtiva encontram-se em compasso de espera, não havendo atrativos ou musculatura para o desenvolvimento.

Cabe ao Governo o desafio, nesta quadra da história, comprovar que a crise é cíclica e o Brasil terá condições de superá-la por meio de um conjunto de medidas as quais sejam capazes de atacar as causas e não frustrem as expectativas do minimalismo referente ao acesso ao crédito.

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O endividamento da família brasileira continua querendo bater a casa de 50% do produto interno bruto, e cada vez mais precisamos criar instrumentos contrários ao superendividamento.

Na assimetria existem variantes que permitem rápida reação, porém, a competência e a capacidade do Governo são testadas na simetria da crise, quando o aquecimento dos mercados dependem muito mais da conjuntura interna do que atitudes que venham do exterior.

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E o Brasil não poderá perder este importante e definitivo passo de ingressar nas economias mais desenvolvidas, criando infraestrutura e ao mesmo tempo atacando de frente a carga tributária, os limites dos juros e spreads bancários, deixando flutuar o câmbio, livre e serenamente, para a própria estabilidade econômica. 

Carlos Henrique Abrão é desembargador no Tribunal de Justiça de São Paulo

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